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Francisco Wanderley Luiz, o homem bomba tupiniquim
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
O catarinense de Rio do Sul transformou-se no homem bomba tupiniquim ao explodir um carro próximo ao Congresso Nacional e ao imolar-se em frente ao prédio do STF, na quarta-feira passada, 13 de novembro. Segundo informações divulgadas pela imprensa, seu objetivo era matar Alexandre de Moraes, mas não conseguindo adentrar no STF, acionou os explosivos preso ao seu corpo, em frente ao prédio. Com esse ato, conseguiu chamar a atenção sobre si e a lançar mais confusão no já conturbado cenário político nacional. Já existem uns mais malucos do que ele, querendo ligar esse ato desvairado ao fatídico 8 de janeiro. Talvez, o único elo de ligação entre esses dois episódios seja a insatisfação com o atual governo. O primeiro um ato coletivo, o segundo um ato isolado. Agora atentado com fogos de artifício para mim é pirotecnia.
Nada mais do que isso, apesar de que não vai demorar muito, vão tentar incriminar Jair Bolsonaro como apoiador de tamanha insensatez. Esquecem que os homens bomba islâmicos, cometem esse tipo de atentado em nome de uma causa, ao menos para eles, que é o de afastar o “perigo sionista” e, como causam estragos, atraem a atenção da comunidade internacional. No caso de Francisco era o de externar sua insatisfação com a conduta de Alexandre de Moraes como membro do STF. Tudo bem que esse sentimento é um lugar comum a muitos brasileiros, mas a morte do homem bomba é um ato isolado que logo cairá no esquecimento. O comentário que mais se ouvirá é o de que, felizmente não feriu ou matou ninguém.
O Brasil não tem esse hábito do protesto violento causando tragédias com muitos mortos ou feridos. Aqui, felizmente, não se mata em nome de Alá, e, na maioria das vezes os movimentos são pacíficos exceto quando invadidos por pessoas com segundas intenções. Tanto é assim que a segurança das instituições nacionais é pequena em relação à importância delas. Restringe-se à presença de no máximo dois policiais ou militares dependendo de ser um órgão civil ou militar e nada mais. Mesmo no palácio do planalto, temos sempre dois soldados da guarda de honra, postados a sua entrada e nada mais. Apesar do ocorrido em 8 de janeiro, uma baderna generalizada, a situação não mudou, pois acredita-se muito na passividade do brasileiro.
Claro está, que no mundo de hoje, com o aumento da violência, essa proteção deveria ser mais efetiva, mesmo em se tratando de terras brasileiras. O clima de insegurança que se instalou no Rio de Janeiro, com tiroteios diários entre milicianos e traficantes são a prova disso. E a população se sente refém dessa situação.
No caso específico de Francisco Wanderley seu ato é isolado, fruto talvez de ficar transtornado pelo bombardeio incessante da mídia sobre a conduta de Alexandre de Moraes, levando-o a odiá-lo e querer resolver essa situação, no seu modo de pensar, por conta própria. Mas, nada mais do que isso. Querer ligar esse episódio ao 8 de janeiro, alegar a existência de um complô antidemocrático e outras sandices mais é querer duvidar da capacidade do povo brasileiro. Fora a mídia folclórica desse país, comenta-se muito pouco sobre o homem bomba tupiniquim.
Creio que um estudo mais aprofundado sobre a sua personalidade e sua conduta, num passado recente, pode trazer maiores informações sobre o porquê desse ato isolado e desvairado. O resto é pura perda de tempo.
Max Wolosker
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Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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