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Ex-presidente Donald Trump sofre atentado durante comício eleitoral
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
No último sábado, 13, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atual postulante à Casa Branca, foi atingido de raspão, na orelha direita, durante um comício eleitoral, na cidade de Butler, no estado americano da Pensilvânia. O atirador, um jovem de 20 anos, Thomas Matthew Crooks, que se encontrava em cima de um telhado, a cerca de 120 metros do local do evento, foi abatido por atiradores do serviço secreto, com um tiro na testa. O saldo do ocorrido foi de duas pessoas mortas, Thomas e um dos participantes, além de um ferido, gravemente, que também estava próximo a Trump.
O presidente brasileiro, Luís Inácio, classificou o atentado como inaceitável e declarou, ainda, que deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. Não me lembro, mas creio que essa fala não foi tão evidente durante o lamentável episódio que vitimou o então candidato Jair Bolsonaro, com uma facada no abdomen, quando discursava, em Juiz de Fora-MG, durante a campanha eleitoral, em 2018, que o levou à presidência da República, . A diferença entre esses dois fatos é que nos Estados Unidos, o atirador foi morto, em seguida, pelas autoridades, enquanto aqui, em terras tupiniquins, Adélio Bispo foi protegido pelas autoridades verde e amarelo, inclusive o STF. Ou seja, prendeu-se o executor da facada, mas blindou-se os mandantes por não interessar que tal fato viesse a público.
Mas, existe uma semelhança gritante entre esses dois episódios deploráveis, ou seja, toda vez que a esquerda se sente ameaçada ela reage de maneira violenta e inusual. É por todos conhecido o fato de Trump ser membro da direita radical, em seu país e que Binden, o atual presidente americano, é adepto da esquerda festiva americana. E, como Trump sobe nas pesquisas eleitorais americanas, seu silêncio, mesmo que tumular interessa a essa vertente política.
O mesmo aconteceu entre nós, pois com Jair Bolsonaro a direita retornava ao poder depois de muitos anos e isso incomodou os membros do nosso socialismo moreno. Foi um governo marcado por uma perseguição implacável, que ainda não terminou. Sabendo da força política de Bolsonaro, ele não tem paz desde que deixou a presidência, seus inimigos fazem de tudo para destruir sua importância no cenário político brasileiro. O pior é que são capitaneados pela Polícia Federal, instituição que a princípio deveria ter assuntos mais sérios a tratar.
O mesmo ocorreu na França, não com um atentado de sangue, mas com um episódio que mostra o quanto a direita incomoda. Pela primeira vez, depois de muitas eleições, Marine Le Pen representante da direita francesa conseguiu uma vitória considerável no primeiro turno das eleições legislativas francesas. Isso levou os políticos de esquerda a fazerem alianças até com o diabo, para que esse feito fosse minimizado. Conseguiram em parte, pois Marine conseguiu eleger uma bancada considerável e vai ser uma pedra no sapato no governo dessa já tão combalida França.
A pergunta que não quer calar é como uma pessoa armada com um fuzil AR-15 consegue subir num telhado a cerca de 120 metros de uma figura pública importante, durante um comício de uma campanha eleitoral muito polarizada, sem despertar suspeitas ou ter sido alvo de uma varredura séria, antes que Trump chegasse? Mas, creio que os americanos estão, também, contaminados do vírus do desmazelo que acompanha o Brasil e as repúblicas sul-americanas. Haja visto as cenas lamentáveis no estádio Hard Rock Stadium, em Miami, que atrasou o início da decisão da Copa América, no último domingo 14, em uma hora e 20 minutos. Em função da invasão do público e do quebra- quebra geral os portões foram fechados para que a situação fosse controlada e a ordem restabelecida. E pensar que a Copa do Mundo de 2026 será nas terras do Tio Sam.
Max Wolosker
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