Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Com estilo, Botafogo despacha o Flamengo
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Depois da convincente vitória do último domingo, 18, o torcedor do Botafogo está sorrindo de orelha a orelha. O Flamengo foi despachado em preto e branco e a vitória do time da estrela solitária por 4 a 1 não mostra o que foi o jogo, pois pela quantidade de gols perdidos pelo alvinegro, um placar mais elástico não teria sido surpresa. Casa cheia, com 25.888 torcedores, palco para encerrar um domingo quente e ensolarado com chave de ouro. Com essa vitória, o Fogão mantém a liderança do campeonato, seguido de perto pelo Fortaleza que está apenas um ponto atrás. Para o Botafogo marcaram Mateo Pontes, Igor Jesus e Matheus Martins duas vezes, descontando Bruno Henrique, ainda no primeiro tempo.
Bruno Henrique foi dignamente castigado por ter feito o clássico gesto do chororô, num episódio já superado num dos jogos entre as duas equipes, em que o Botafogo, como é de praxe, foi prejudicado pela arbitragem. Ao final da acachapante vitória do Fogão, Marlon Freitas devolveu o gesto que, certamente, foi muito mais doído depois do 4 a 1.
Mas, uma coisa salta aos olhos e deve ser analisada com atenção pelos nossos dirigentes, digo os de clubes, pois da CBF não se pode esperar nada, tamanha a incompetência da atual diretoria. Acho que essa turma nunca vestiu um calção e correu atrás de uma bola. O calendário brasileiro é desumano, o que compromete seriamente a qualidade dos nossos jogos. Com campeonatos regionais, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores ou Sul-Americana, sem falar das convocações de nossos jogadores pelas respectivas seleções, nossos times, muitas vezes, encaram três jogos ao longo de uma semana. Creio que esse intervalo estipulado pela CBF, de no mínimo 66 horas entre um compromisso e outro é muito curto, levando-se em conta a intensidade dos jogos na atualidade e das altas temperaturas, na maior parte do país.
Dos quatro grandes do Rio, o Botafogo tem Rafael com fratura de stress na patela, Jeffinho com estiramento muscular e Tiquinho que foi liberado nas últimas duas rodadas por lesão óssea nos joelhos; o Flamengo tem Gabriel, Pedro, Arascaeta, com lesão muscular, Edson Cebolinha que rompeu o tendão de Aquiles esquerdo, Matias Viña e Fabinho com lesão de meniscos e do ligamento cruzado anterior; o Vasco da gama tem Philipe Coutinho, Payet, Guilherme Estrela, Praxedes e Roberto Rojas com lesões musculares; no Fluminense temos Cano, Marquinhos, Kevin Serna, Nonato, Martinelli e Keno. No São Paulo tem Rafinha, Lucas, Wellinton Rato e Pablo Maia, o primeiro com fratura na fíbula esquerda e os demais com lesão muscular. Se formos pesquisar nas outras agremiações que disputam o Brasileirão, a lista vai ser engordada com muitos outros casos.
Vejam o caso de Palmeiras, Flamengo e Botafogo clubes de maior investimento, na atual temporada. Tiveram jogos importantes pela Libertadores da América na quarta-feira passada, pelo Campeonato Brasileiro, no domingo e, agora, pela Libertadores. No caso de Botafogo e Flamengo o duelo de domingo foi pela ponta do Brasileirão. Os jogos da Libertadores são mata-mata e quem perder sai da competição. Para o Flamengo ainda é pior, pois além dos seus desfalques o jogo será em Bogotá, a 3.600 metros de altitude, outro disparate. Ou seja, são jogos que exigem demais dos jogadores.
Não consigo entender a cabeça dos presidentes de nossos principais clubes já que o dinheiro empregado na aquisição de bons jogadores é alto. São patrimônios do clube e deveriam ser melhor preservados. Uma lesão que encerre prematuramente a carreira de um desses jogadores seria um grande prejuízo. Uma virada de mesa exigindo uma maneira mais racional de disputar os estaduais e um calendário mais enxuto é de grande urgência na preservação de nossos plantéis.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário