Direito à informação

terça-feira, 09 de junho de 2020

Para pensar:

"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”

Immanuel Kant

Para refletir:

“Os mal-entendidos são frequentemente reações de bobagem raivosa. Há pessoas que não se sentem inteligentes senão quando descobrem ‘contradições’ em um pensador."

Gilles Deleuze

Direito à informação

A coluna busca, sempre que possível, focar em questões de âmbito municipal, se aventurando em esferas superiores somente quando algo nos diz respeito diretamente.

Algumas questões, todavia, demandam posicionamento, mesmo que no fim das contas nossa colaboração seja apenas uma gota no oceano.

Inadmissível

Na atual conjuntura é absolutamente inadmissível que seja levada adiante qualquer mudança na forma de coleta de dados sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 que não seja para ampliar as informações já existentes, e isso vale para qualquer esfera de governo.

Ainda que as justificativas para isso tivessem sido técnicas, alterar nesse momento os critérios de contagem terminaria por contaminar a base de informações sobre as quais decisões precisam ser tomadas, expondo todos nós a eventuais leituras distorcidas a respeito da evolução do número de contágios.

Contaminação

A coluna, portanto, não pode deixar de criticar veementemente que no último domingo, por exemplo, o Ministério da Saúde tenha divulgado um total de 1382 mortes no intervalo de 24 horas, e, pouco depois, tenha “atualizado” esses dados para 525 óbitos no mesmo período.

Tudo isso, depois de uma semana em que o Governo Federal determinou a alteração do horário de atualização dos dados, manifestando abertamente a intenção de dificultar a divulgação dessas informações pela televisão, e de também ter flertado com a possibilidade de não mais divulgar atualização alguma.

Bases reais

A crítica evidentemente se entende também ao município do Rio de Janeiro, que dias antes também havia anunciado mudanças nos critérios para a contagem de vítimas.

É fundamental, afinal de contas, que possamos monitorar constantemente em qual fase da curva nós estamos, a fim de que seja possível planejar medidas de enfrentamento e estabelecer estágios para a retomada das atividades econômicas.

Vias alternativas

É miopia demais, obtusidade demais, imaginar que tais atitudes estão prejudicando um veículo de comunicação específico, perdendo de vista o que de fato está ocorrendo e quem são os verdadeiros prejudicados.

O resultado, de forma inevitável, acaba sendo uma repetição de algo que esta coluna já vivenciou muitas vezes em nossa realidade municipal: aquela que deveria ser a fonte natural para este tipo de informação, acaba deixando de ser.

A partir de agora, diversos veículos se uniram a fim de levantar os dados em conjunto, junto a prefeituras e secretarias estaduais...

Sempre atual

Também neste domingo, 7, tivemos uma demonstração bastante evidente a respeito da fragilidade das informações sobre as quais temos construído nossas opiniões coletivas.

No início da tarde, alguns amigos portugueses começaram a postar uma foto dos personagens George e Lorraine McFly, da trilogia “De Volta para o Futuro”, afirmando que “esta foto foi encontrada nas bombas de gasolina da Galp na A29, diz no verso "Pai e mãe - 1955". Vamos ver se as redes sociais ajudam a devolver a foto à pessoa que a perdeu, certamente terá um elevado valor sentimental.”

Vai vendo...

Poucas horas mais tarde, diversas pessoas aqui no Brasil, e também em Nova Friburgo, estavam compartilhando a mesma foto, com a mesma história, porém adaptada a ambientes que nos são familiares.

Em geral, dizendo que a foto havia sido encontrada na rodoviária da cidade onde a mentira era espalhada.

Ora, notem que essa era uma informação muito fácil de ser apurada, e ainda assim viralizou por diversos países em questão de poucas horas…

Sintomático

Imaginem, portanto, a quantidade de mentiras que têm sido absorvidas sobre temas mais difíceis de serem confrontados, que atendam a expectativas pessoais ou venham embaladas em elogios sedutores, e tente avaliar o grau de manipulação que foi alcançado em nossa sociedade atual.

Sintoma maior disso é justamente observar que tantas vozes estejam se levantando contra fontes confiáveis de informações, como o Inpe, a Fiocruz, o IBGE, as universidades públicas, a comunidade científica internacional ou a liberdade de imprensa.

Ora, a quem isso tudo interessa?

Confirmou

Dias atrás o senador Romário confirmou em vídeo a informação antecipada três meses antes pela coluna a respeito da intenção do Podemos de lançar a pré-candidatura de Adriano Pequeno à Prefeitura de Nova Friburgo.

O partido também vem com nominata completa para disputar cadeiras na Câmara Municipal, apostando num perfil de pessoas sem histórico político anterior.

A coluna entende que, nesse momento, a intenção do grupo é lançar uma chapa “puro sangue”, com vice também filiado ao partido.

Protocolos

A Faol divulgou, na semana passada, o protocolo de convivência que desenvolveu a fim de aumentar a segurança de motoristas e passageiros em meio à pandemia de Covid-19.

As medidas incluem aferição de temperatura de cada motorista antes de cumprir a jornada de trabalho; reforço no sistema de higienização dos veículos, na garagem e na Estação Livre; aumento na frequência dos processos de limpeza e desinfecção do ar-condicionado; e obrigatoriedade do uso de máscara, tanto para passageiros quanto para motoristas.

A empresa também incentiva o pagamento via cartão, que as empresas tentem intercalar horários de entrada e saída, e que horários de pico sejam reservados a viagens a trabalho.

Hospital de Campanha

No último domingo,7, foi dado mais um passo para a tão esperada abertura do Hospital de Campanha de Nova Friburgo que ainda não tem uma data definida pelo Governo do Estado depois de já ter sido adiada cinco vezes.

A construtora friburguense Frienge que assumiu as obras estruturais da unidade no ginásio do Sesi, em Conselheiro, concluiu a empreitada. Foram 15 dias de trabalhio ininterrupto para concluir o prometido dentro do prazo.

Foram realizadas a concretagem de acessos de pessoas e ambulâncias, base para geradores, necrotério e escavações.

Agora falta o Estado cumprir a sua parte e dotar o hospital de leitos e equipamentos.   

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