Campo minado

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Para pensar:

"Pessoas que repetidamente atacam sua confiança e autoestima estão perfeitamente cientes de seu potencial, mesmo que você não esteja.”

Autor desconhecido

Para refletir:

“O homem que se vende recebe sempre mais do que vale.”

Barão de Itararé

Para não esquecer:

“Amigo é uma palavra muito forte. São poucos os que a merecem.”

Leandro Floriano Batista

Campo minado

Semana eleitoral é sempre um terreno minado.

Momento no qual grupos políticos adeptos do vale tudo (e sempre vale enfatizar que a forma como se tenta vencer uma eleição diz tudo sobre a forma que se pretende governar) geralmente jogam suas últimas e mais sórdidas cartadas.

Momento em que várias mentiras são atiradas ao eleitor, na esperança de que não sejam desmentidas até que o voto já tenha sido depositado.

Porque a natureza do mentiroso é exatamente essa: a seus olhos o que importa são os fins, não os meios.

Cautela

Eleições passadas nos dão fartos motivos para que adotemos filtros extras para qualquer informação suspeita recebida neste momento.

Inclusive porque existem procedimentos que se espera de qualquer pessoa honesta e comprometida com interesses coletivos quando confrontada com situações passíveis de serem denunciadas.

E, certamente, estes procedimentos não incluem guardar as informações para que sejam divulgadas na reta final de uma corrida eleitoral.

Triste

De fato, compreender esses dias só é possível quando se tem em mente que às vésperas de uma eleição, mais do que já ocorre habitualmente, mentiras são muito mais premiadas e recompensadas do que verdades.

Não falta dinheiro para financiar quem está disposto a se vender, quem se presta a assumir qualquer papel e a jogar contra o interesse coletivo em troca de uma complementação na renda ou da promessa ou manutenção do emprego.

E é triste, e profundamente desanimador, ver tantos colegas se prestando a isso.

Sem vergonha

A coluna se sente muito à vontade para falar francamente sobre todo este teatro que temos visto em redes sociais porque já fomos confrontados com as mesmas propostas, as mesmas tentativas de interferência editorial.

E não nos vendemos.

As mesmas vozes que hoje insinuam, com rara leviandade, que as críticas publicadas neste espaço seriam motivadas por questões de natureza financeira eram as mesmas que, tempos atrás, tentavam intimidar, ameaçar, comprar.

Falta vergonha na cara.

Zumbido

Porque, no fundo, é disso que se trata.

Em tempos de “bolhas digitais”, de algoritmos filtrando percepções de mundo, de grupos de WhatsApp promovendo e se aproveitando de histórias fantasiosas e parciais, quem ainda quer - ou suporta - ser confrontado com fatos ou narrativas que não sejam de seu agrado?

Quem segue em busca da verdade, quando há tanta gente oferecendo algo mais bonito ou agradável?

Patético

Nos últimos dias este jornal tem sido alvo de ataques essencialmente covardes, inconsistentes, baseados em alegações oportunistas, por parte de quem não consegue disfarçar interesses pessoais atrelados a versões convenientes da realidade.

Tentativas de desacreditar, de ironizar, partindo de quem não perde tempo em compartilhar alguma matéria publicada por aqui, quando estas lhes são convenientes.

De gente que adora cantar nossa irrelevância, mas não consegue nem ao menos fingir que não lê ou não se importa.

Patéticos.

Inspiração

Aos muitos leitores que dão sustentação e sentido a este espaço, amigos que tantas mensagens enviaram celebrando o retorno da coluna, nossa gratidão e nosso respeito.

Enquanto vocês estiverem por aqui, seguiremos juntos.

Acertando, errando, mas sempre buscando a verdade.

Sobre a pesquisa

Algumas palavras sobre a pesquisa de opinião encomendada por A VOZ DA SERRA ao Instituto Paraná.

Ao publicar as informações, seguindo todos os trâmites estabelecidos pela Justiça Eleitoral, o jornal foi bastante enfático ao destacar que vários candidatos se encontram em situação de empate técnico, e que os mais de 40% de indecisos são garantia de que a eleição será decidida nos momentos derradeiros e que o resultado das urnas ainda deve trazer alterações significativas em relação ao que pesquisas venham a mostrar.

Quem fala?

Mas é claro que, daqui a quatro anos, ninguém fará este tipo de consideração quando quiser colocar em dúvida a validade de novas pesquisas, da mesma forma como várias postagens atuais atribuíram a este jornal pesquisa publicada em outro veículo há quatro anos.

O importante é vencer, não é mesmo?

Ora, alguém tem alguma dúvida de que quem questiona a credibilidade da pesquisa estaria compartilhando a mesma caso o resultado fosse de seu agrado? E que quem a exalta estaria questionando sua credibilidade se não gostasse do que ela aponta?

Menos, gente. Menos…

Somos muitos

Amigos, tenham em mente o seguinte: quem vive de se vender não quer políticos ilibados no poder, gente que não possa ser chantageada ou não precise “comprar popularidade”.

Da mesma forma, quem se habituou a dizer para si mesmo que “qualquer um na minha posição teria feito o mesmo” se sente bastante desconfortável quando na presença de quem faz diferente, não se vende, enfrenta o sistema e é perseguido e difamado por isso.

Tudo que vem de tais fontes tem sentido oposto. Ser atacado, nesse contexto, é ter a certeza de estar no rumo certo.

E, felizmente, ainda tem muita, muita gente ciente disso.

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