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Planejamento de dívidas
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Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Dívidas são como a gordura das suas finanças; em excesso são prejudiciais, mas é possível conviver com um pouco. O grande segredo da boa convivência com produtos de crédito é planejamento, e isso vai incluir seu contexto profissional, o conhecimento de contratos e sua realidade financeira. Vamos destrinchar aqui todos estes pontos para que você, leitor, se sinta na plena capacidade de identificar o momento de assumir uma dívida responsável e como isso vai impactar suas finanças e, acima de tudo, sua qualidade de vida.
Entretanto, há uma considerável diferença entre dívidas programadas e emergenciais. Contudo, ambas precisam ser planejadas para manter – ou tentar restaurar – a saúde das suas finanças. Dívidas emergenciais não dão abertura para um planejamento completo e costuma ser uma alternativa imediata; por isso, pesquise o mercado de crédito e assuma a responsabilidade da dívida mais barata para seu bolso. Procure identificar dois itens importantes nesta pesquisa: a simulação de parcelas e o CET (Custo Efetivo Total – valor percentual, de fato, arcado pelo cliente sobre o capital recorrido).
Dívidas programadas, por outro lado, podem – e precisam – ter um planejamento completo para evitar futuros problemas. Para facilitar a compreensão de todos, vou separar a explicação em tópicos e definir todos os pontos a serem analisados antes de assinar seu contrato com a instituição financeira.
- Contexto profissional: assumir a responsabilidade de uma dívida requer essa análise para, especificamente, definir a segurança da sua fonte de renda. Considere os riscos de perder – ou ter reduzida – a sua receita e simule a sua realidade financeira diante disso; vai continuar podendo arcar com as prestações de uma possível dívida? Por outro lado, também identifique a possibilidade de ampliação de renda; analisaremos estes impactos a seguir.
- Conhecimento de contratos I: não hesite em ler o contrato; se possível, leve-o para casa ou ao seu consultor financeiro de confiança. Para uma análise básica, porém eficaz (infelizmente não é possível nos estendermos tanto no assunto), identifique, além da taxa de juros, o CET do seu contrato. Esta é a principal taxa do seu contrato por englobar juros, taxas diversas, encargos, seguros e tributos; é o valor total da negociação.
- Conhecimento de contratos II: dando continuidade à análise contratual, identifique as possibilidades de amortização (adiantamento de parcelas) e quitação de sua dívida. Procure esclarecer se há multa ou algo semelhante ao optar por estas formas de pagamento. Lembra da possibilidade de aumento na geração de receita? Este é um ponto que não pode passar despercebido.
- Realidade financeira: só você sabe como andam as suas finanças. Numa análise racional e cautelosa, defina se assumir determinada dívida vai ser um ato vantajoso e promotor de qualidade de vida, ao invés de te trazer futuras preocupações e arrependimento.
Assumir dívidas é tarefa de grande responsabilidade; use-as a seu favor.
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Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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