Pensa em ser acionista?

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Já parou para pensar sobre o que acontece quando você compra ações através da bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das corretoras de valores) é fundamental para fazer parte da filosofia das companhias e viver a tese dos seus investimentos. Compreender os objetivos e modelos de negócio das empresas é tão fundamental quanto refletir seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao portfólio de ações dos seus investimentos.

Contudo, antes de partirmos direto para esses propósitos, vamos rever alguns conceitos a fim de democratizar o conhecimento presente neste texto. Comecemos, então, definindo a bolsa de valores.

Para tornar possível os negócios em setor de bolsas, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como – de acordo com a própria bolsa de valores brasileira – a “criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juroS e de commodities”. No Brasil, existe apenas uma empresa responsável por exercer tais atividades, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ao redor do mundo, por exemplo, existem diversas outras; como a Nasdaq e a Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos; a Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra; a Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha e por aí vai.

Contudo, isso pode ficar ainda mais simples quando tomamos consciência de as bolsas globais serem como uma feira (exatamente como essas de frutas, legumes e carnes) onde encontram-se vendedores e compradores dispostos a negociar determinado produto. Todavia, nessa grande e tecnológica feira da bolsa de valores, negociam-se as empresas. Mas, então, como chegar nessa “feira da bolsa de valores”?

Antes de mais nada, é necessário tornar-se cliente de alguma corretora ou banco de investimentos; são as instituições financeiras, as responsáveis por realizar a comunicação entre você e a bolsa de valores. É através do homebroker – plataforma de negociação disponibilizada na sua conta da corretora de valores – dessa instituição que você poderá comprar suas ações; e agora começa a sua jornada por boas escolhas. Portanto, falemos delas!

Compor um portfólio de ações não é fácil; mas o conceito é simples!

Comprar ações te faz acionista: um pequeno sócio de determinada companhia/empresa. Portanto, é importante compor o seu portfólio com ações de empresas que julga ser coerente tornar-se sócio. Não faz sentido algum comprar determinado papel (nomenclatura técnica sinônima à “ação”) de uma empresa sem saber, nem mesmo, quais os produtos e/ou serviços tal empresa oferece para a sociedade. É a partir daqui que você começa a pôr seus valores em questão: procure entender o propósito da companhia; sua relação e responsabilidade com a sociedade; entenda se os produtos e/ou serviços são realmente relevantes e rentáveis.

Além de toda essa filosofia de investimentos, entra também a visão fundamentalista; é somente aqui que você analisa os resultados das empresas e, caso bons ou minimamente promissores, adiciona-as ao seu portfólio. Mas lembre-se, ponto fundamental é diversificação! Uma carteira bem distribuída, com algumas boas empresas e de diferentes setores são fundamentais para diminuir os riscos de mercado (os riscos que toda empresa está sujeita).

Mais importante que começar a investir, é entender a filosofia por trás do investimento. E isso é bastante simples!

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