O que você faz com seu 13º salário?

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Essa é uma pergunta muito relevante para o momento. Afinal, o mês de novembro é prazo limite para o pagamento da primeira parcela do que pode se tornar um alívio para o seu consumo ou, melhor ainda, uma estratégia para a boa relação com suas finanças. A propósito, você sabe o porquê da implementação do 13º aos direitos do trabalhador?

Inicialmente conhecido como gratificação de Natal, o 13º foi implementado no Brasil em 1962 com o intuito de recalcular o salário anual do trabalhador assalariado. A lógica é simples: considerando quatro semanas por mês, a conta não fecha quando sabe-se que ao longo de um ano temos 52 semanas. Esta é uma prática bastante comum em outros países ao redor do mundo, como Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e muitos outros. Na Espanha, por exemplo, chega a existir o 14º salário.

É a maneira correta para o cálculo anual de salário? Não sei, regimes de regulamentação trabalhista não são a minha especialidade; mas está no caminho do desenvolvimento social. No entanto, percebe como esse dinheiro não é uma bonificação e sim seu direito, fruto de horas trabalhadas? Portanto, não considere-o como um presente e use-o como parte do seu planejamento visando a manutenção da sua saúde financeira.

Então, o que fazer com o 13º salário?

Eliminar e evitar contrair dívidas é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Então, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as. Comece pelas com maior Custo Efetivo Total (CET), são as suas dívidas mais caras.

Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O fim de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens de verão por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite! Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.

Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e só lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro!

Gaste melhor, poupe sempre e invista com qualidade.

Seja livre com seu dinheiro – mesmo que pouco –, não escravo dele – ainda que muito. Só você tem o poder de usá-lo como uma ferramenta de liberdade. Pense nisso!

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