Especial Sala de Aula II - Mapeamento financeiro e orçamento doméstico

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

No último dia 5 – talvez você tenha lido –, esta coluna completou a marca de 30 edições; ou seja 30 semanas consecutivas trabalhando para lhe manter informado e consciente financeiramente. E por este motivo, o mês de junho é dedicado ao aprendizado neste “Especial Sala de Aula”.

Em “Especial Sala de Aula I” – tema da última coluna – destaquei alguns conhecimentos muito necessários para a boa relação com o dinheiro. Foram conceitos básicos de educação financeira para nivelarmos o amplo conhecimento entre os que acompanham esta coluna e, com isso, aprofundarmo-nos ao longo destas edições especiais. Então, sem mais delongas, vamos ao conteúdo pois ainda temos muito o que conversar.           Começaremos, hoje, com o mapeamento financeiro. Você sabe como fazê-lo e adaptá-lo ao seu contexto?

O primeiro passo é reconhecer a sua realidade: sua idade; idade prevista para sua aposentadoria; quanto tempo para se aposentar; renda pessoal média; despesa pessoal média; número de membros da família; membros com geração de receita; renda familiar média; nível de segurança das fontes de renda da família; despesa familiar média; valor total de investimentos; e, por fim, rentabilidade líquida dos investimentos. Coletar estes dados vai facilitar a compreensão do seu contexto familiar e será ponto de partida para estabelecer algumas métricas para indicadores financeiros.

Perceba que não estipulei prazo para as definições médias; mais adiante, entenderão que os ciclos de orçamento podem variar muito de acordo com a realidade de cada indivíduo. Outro ponto importante é a noção de família, pois desde um indivíduo único até uma família de muitas pessoas, o orçamento inclui toda realidade financeira (incluir seus pets como membros da família é importante e um ato responsável por assegurar a responsabilidade financeira sobre os animais).

Contudo, para obter todas estas informações com precisão é necessário um estudo aprofundado do seu orçamento doméstico. Então, se ainda não tem o seu; o faça.

Assim, chegamos no segundo passo: estabelecer um planejamento financeiro. Para ter sucesso no controle de seu orçamento, defina o tempo do período que determinará seu ciclo (é usual o ciclo mensal, mas o período pode ser reajustado de acordo com suas especificidades de caixa) e o dia de início de cada mês. Controlar o orçamento doméstico exige dedicação; portanto, crie o hábito de fazer o levantamento com determinada periodicidade. Ferramentas específicas podem te auxiliar.

Por fim, já no terceiro passo, inclua-se em algum perfil financeiro condizente com a sua realidade para definir quais serão os planos de ação para alcançar seus objetivos – sejam eles quais forem. Aqui vão os perfis: criticamente endividado; endividado; falso equilibrado (gasta o que ganha e nada poupa); poupador; investidor; liberdade financeira (quando a renda passiva de seus investimentos supre seu orçamento doméstico). Agora, em posse de tantos dados, é hora de interpretar toda a sua conjuntura com os indicadores financeiros (receitas; despesas; saldo; investimentos; caixa) obtidos no orçamento doméstico. Chegou a hora de começarmos a calcular sua capacidade – e necessidade – de poupar e investir. Na coluna da próxima sexta-feira, 19, daremos continuidade ao assunto.

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