Como investir em ações sem tempo para acompanhá-las?

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Se você ainda não é um investidor, já deve ter se deparado com a necessidade de começar a atribuir tarefas ao seu capital. Costumo dizer aos meus clientes que “investir é multiplicar”; mas isto não se restringe ao mercado financeiro – apesar de ser um ótimo meio. O ato de investir contempla uma gama quase infinita de possibilidades e pode ser cada vez mais potencializada de acordo com as especialidades do investidor. Fazendo do empreendedorismo a melhor ferramenta de multiplicação de capital: com pouco dinheiro, boas ideias e muito estudo, pode-se constituir um patrimônio.

Contudo, a melhor forma de fazer seu patrimônio crescer ao longo do tempo é sempre poupar parte de suas receitas. É com esse hábito que será capaz de criar um bom montante de capital e alocá-lo em potenciais fontes de rentabilidade. Primeiro, pela necessidade de combater a inflação; segundo, para ter a oportunidade de gerar renda passiva em algum momento da vida – possivelmente a aposentadoria.

Apesar de parecer complexo – e é – compor e monitorar sua carteira de ações, este investimento é imprescindível para quem deseja um futuro financeiramente confortável. Eu entendo que, por mais que você tenha noção desta importância, talvez não tenha tempo ou o interesse de aprender sobre o assunto. O mercado financeiro também sabe disso, e por esse motivo ele oferece duas opções que podem (ou não) ser complementares: a primeira é recorrer ao auxílio profissional de um consultor financeiro ou assessor de investimentos; a segunda, tema deste texto, é recorrer aos fundos de investimento em ações.

Para facilitar o entendimento dos produtos em sua corretora de investimentos, é importante saber decifrar as siglas dos fundos. Ao buscar por fundos de ações a pessoa vai se deparar com as seguintes siglas dos fundos: Fundo de Investimento em Cotas (FIC) seguido de Fundo de Investimento em Ações (FIA). Isso significa que ao participar de um fundo desta modalidade, pode se adquirir determinado número de cotas de acordo com seu capital e toda a rentabilidade será proporcional. A vantagem do investimento em fundos, é a “terceirização” da atividade de gestão: será a gestora do seu fundo, a empresa responsável pelas operações, composição e manutenção de ativos.

Para efetuar o serviço, a gestora recebe uma taxa de administração e pode ou não cobrar, também, uma taxa de performance caso a rentabilidade ultrapasse o benchmark predefinido. Portanto, fique atento ao escolher um fundo de investimentos. O primeiro passo é buscar o alinhamento de interesses entre os seus princípios e os interesses da gestora: a participação em fundos pode tornar-se um projeto para a vida, então faça esta escolha com carinho e cautela. O segundo passo é analisar as taxas cobradas e compará-las à rentabilidade entregue pelo fundo: compare, pois um fundo com taxa baixa não é sinal de rentabilidade líquida; um fundo com taxa mais alta pode lhe entregar uma rentabilidade mais considerável, então faça as contas. Por fim, sinta-se à vontade para escolher mais de um fundo, as gestões são peculiares e podem ser complementares para uma boa estratégia de investimentos.

A você que me acompanha, lembre-se deste texto; pois na coluna da próxima sexta-feira, 22, abordarei a correlação negativa. Princípio utilizado pelas gestoras de fundos e que pode ser usado por você para planejar, por conta própria, a sua carteira de ações. Até lá!

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