Inteligência artificial: oportunidade ou risco?

Lucas Barros

Além das Montanhas

Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A inteligência artificial (IA) está rapidamente se tornando uma força dominante no mercado de trabalho. Muitas empresas estão adotando essas tecnologias para automatizar tarefas repetitivas e aumentar a eficiência, enquanto outras estão criando novos empregos para lidar com as demandas dessa tecnologia.

Um exemplo de como essa tecnologia está afetando o mercado de trabalho é a atividade de um colunista de jornal. Com a popularidade dos algoritmos de IA, muitos jornais e sites estão usando essas ferramentas para escrever artigos e notícias. Isso significa que alguns colunistas podem ser substituídos por esses computadores, mas também significa que outros podem ser contratados para trabalhar com essas tecnologias e garantir que elas estejam produzindo conteúdo de qualidade.

No geral, é importante notar que a IA está trazendo mudanças significativas para o mercado de trabalho e que essas mudanças podem ser tanto positivas quanto negativas. Enquanto algumas pessoas podem perder seus empregos devido à automação, outras poderão encontrar novas oportunidades em novas áreas que surgirão.

Bom, a verdade é que a coluna até aqui foi escrita pelo ChatGPT, a inteligência artificial do momento cujos criadores receberão um investimento – quase uma bagatela - de R$ 50 bilhões para aprimoramento da ferramenta.

Basicamente, instalei o aplicativo no meu telefone e escrevi a seguinte  solicitação: “Escreva um texto sobre o avanço da Inteligência Artificial no mercado de trabalho. Dê como exemplo o trabalho de um colunista de jornal”. Ficou pronto em poucos segundos.

Alguns dos leitores mais assíduos – e irônicos - certamente começaram a ler o texto e juraram ser o meu melhor começo de coluna nesse um ano e meio de jornal. A mesma tecnologia que fascina as pessoas, também espanta, causando incerteza a muitos profissionais colocados no mercado de trabalho.

Acredite ou não, a mesma ferramenta, que por enquanto está na fase de testes, foi aprovada em uma prova de MBA da prestigiada Wharton Business School, vinculada à Universidade da Pensilvânia dos Estados Unidos. O aplicativo foi capaz de se corrigir em uma questão após receber uma dica da pessoa que aplicava a prova.

No entanto, a tecnologia também provou que seu uso pode nem sempre ser para os melhores e justos fins. Em uma habilitação para o exercício da profissão de médico e de advogado, nos EUA, a tecnologia foi capaz de ser aprovada nos exames.

A verdade é que Inteligência Artificial parecia algo muito distante e alheio às nossas vidas, especialmente nessas proporções. Envelhecemos assistindo diversas produções cinematográficas hollywoodianas em que robôs inteligentíssimos substituíam os seres humanos em suas atividades mais habituais do dia-a-dia – e até subjulgavam a raça humana no planeta.

A verdade é que ainda não fomos subjulgados pelas máquinas – por enquanto... -, mas cada vez de forma impactante e presente, estão tomando conta das atividades mais cotidianas de nossa vida e certamente, muitas profissões sofrerão com essas inovações, gerando desemprego.

Computadores e robôs estão aprendendo a tomar decisões. E a palavra “decisão” é bem forte para algo que não tem uma consciência e ou mesmo um raciocínio. As máquinas de IA são autodidatas e estão apreendendo sem que necessariamente alguém precise ‘ensinar’. Seja na elaboração de textos complexos, criação de imagens do zero, invenção de logomarcas e até cronogramas de rotinas para as nossas vidas. Tudo isso de forma automatizada, como todo conhecimento que já existe na internet.

E eu me pergunto: “O que será do trabalho dos designers se com dois cliques, uma máquina cria uma imagem para mim de forma gratuita? Ou mesmo, de um advogado, que tem sua parte da renda com consulta aos clientes? Ao que parece, nem mesmo os colunistas estão à salvos da IA’s.

O ano de 2023, sem a menor dúvida, será um grande marco para o avanço da revolução da tecnologia mundial com a sofisticação dos aplicativos e a popularização de suas funções. No entanto, se a IA não for desenvolvida de modo ‘responsável’, teremos bilhões em lucro para poucas empresas pelo mundo e milhões de desempregados, buscando se readequar ao novo normal.

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