Como estão os hospitais com o pico da Covid-19?

Lucas Barros

Além das Montanhas

Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O ano novo mal começou e a humanidade vem enfrentando um novo salto no número de pacientes acometidos com o coronavírus. Entre o último dia  3 e ontem, 12, segundo o boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de Covid-19 aumentaram 55% nos primeiros dias do ano.

De acordo com o relatório da organização, foram reportados aproximadamente 15 milhões de novos casos e 43 mil mortes, sendo a grande maioria, no continente africano e nas américas. Em meio à proliferação da nova cepa variante denominada Ômicron, o recorde no número de novos casos é impulsionado pelos Estados Unidos – que registrou 1,48 milhão de casos.

Contaminações no Brasil

O Brasil registrou, na última terça-feira, 11, pelo menos 73 mil novos casos conhecidos de Covid-19. Após as festividades de fim de ano, baladas e aglomerações no litoral, o país agora se depara com uma nova média móvel nacional de casos nos últimos sete dias que é a maior desde julho do ano passado.

O Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, bateu o recorde no número de casos conhecidos por Covid-19 e conseguiu em apenas um dia, terça-feira, 11, reportar mais casos do que no mês passado inteiro. Foram confirmadas 10.439 novas infecções, enquanto no mês passado foram apenas 8.008 contaminações.

Tal explosão no número de casos, por óbvio, causou espanto em toda população e causou aumento de 199% no número de testes na primeira semana de janeiro em comparação com a última do ano passado. E pior, a taxa de positividade dos novos testes tem sido alta. O índice revela que a cada 100 pessoas que fizeram o teste, 44 positivaram para a doença.

Em Nova Friburgo, a situação não é nada diferente. De acordo com o boletim divulgado pela prefeitura, na última terça-feira, 11, a taxa de positividade dos exames na cidade está em 50%. É importante ressaltar que a maioria dos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias são oriundos de infecções provocadas pela nova variante Ômicron, que já é a prevalente aqui no Brasil, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Duas pandemias iguais na doença e diferentes na gravidade

Fato é que existem duas pandemias paralelas: uma que acomete as pessoas vacinadas e outra que acomete as pessoas não vacinadas. Ambas são iguais em relação a doença, que é o novo coronavírus, contudo, se mostram bem diferentes em relação aos prejuízos causados na saúde de cada grupo.

Dados levantados pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais apontaram que pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 possuem 11 vezes mais chance de morrer do que de alguém que completou todo o seu esquema vacinal. O mesmo é dito pela diretora do departamento de saúde da OMS, Kate O’Brien: “Os não vacinados representam entre 80% e 90% dos pacientes graves e mortos pela Ômicron.”.

Na cidade de Palermo, a quinta maior da Itália, UTI’s de hospitais estão com lotação de pacientes que ainda não se vacinaram. O diretor daquela unidade de saúde alega passar por um dos piores dias desde o início da pandemia.

E a ocupação dos hospitais?

Os números do país têm demonstrado que enquanto os imunizados têm passado no máximo por atendimento ambulatorial, os não vacinados tem ocupados os leitos nos hospitais.

Contudo, é importante lembrar o número de pessoas não vacinadas ainda é grande e estamos passando por uma epidemia de Influenza (gripe) e o número de casos pode aumentar a procura pelos hospitais. A busca por atendimento em hospitais privados cresceu 655%, desde o começo do ano, relata pesquisa.

Alguns hospitais do país já lotam 100% dos leitos, como em Juazeiro do Norte, no Ceará. Em São Paulo, a procura de crianças e idosos por atendimento com sintomas gripais vem aumentando a cada dia. No Rio, internações por Covid-19 na rede pública aumentaram cinco vezes em menos de uma semana.

Em Nova Friburgo, 155 mil pessoas receberam a segunda dose ou vacinas de dose única e apesar do alto número de casos positivos, apenas cinco dos 52 leitos disponíveis estavam ocupados ontem, 12, todos de enfermaria.

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