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Alta temporada nos programas de trainees
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
Ainda que a taxa de desemprego tenha se mantido em níveis altos nos últimos anos, ao que tudo indica, a economia tem voltado a se aquecer aos poucos e esfria o cenário de melancolia que assolava grande parte dos brasileiros. Mas é claro, que nem tudo são rosas e todo cabo de guerra tem seu lado mais fraco.
Hoje, ainda que o grau de empregados aumente no Brasil, o mercado de trabalho ainda persiste em não ceder tantas oportunidades para a juventude que tenta conseguir as suas primeiras oportunidades. Não há dúvidas e os dados são claros: os jovens constituem um dos grupos mais vulneráveis do país.
Para a taxa média de 10% que atinge o desemprego nacional, para os jovens entre 18-24 anos, essa média chega a 27%. Dentre os desocupados, 32% da parcela total. Do montante de subutilizados – os que estão desempregados, trabalham poucas horas ou até desistiram de correr atrás – 42% são parte da juventude.
Muitos fatores ainda dificultam a entrada dos jovens no mercado de trabalho e o principal é a falta de experiência profissional. Afinal, sejamos francos, por que o empregador deixaria de contratar alguém com anos de mercado para contratar alguém que terá que ensinar? Pois bem. Na contramão desse raciocínio, novas oportunidades têm aparecido em grandes empresas.
O que é um trainee
Como o nome sugere, trainee são profissionais em início de carreira que estão num verdadeiro treinamento numa empresa. Geralmente, jovens prestes a se formar ou no máximo com dois anos após a conclusão do curso. Eles são contratados através de programas especiais que buscam encontrar bons profissionais com o objetivo de lapidá-lo, fazê-lo crescer e se desenvolver dentro da empresa.
A ideia do projeto é que com o tempo, esse jovem deixe a função de trainee e assuma cargos de relevância dentro das grandes corporações. Os programas trainee têm sido, nos últimos tempos, a porta de entrada para grande parte das multinacionais da atualidade e os que apresentarem melhores resultados, permanecem. Mas, logo adianto, participar desses programas não é uma tarefa nada fácil.
Inicialmente, os altos salários para o “primeiro” emprego são atrativos e a concorrência é gigantesca. Em um conhecido programa de trainee, com um salário de R$ 7 mil, de uma famosa rede corporativa de bancos, dos 85 mil candidatos apenas 55 foram aprovados e efetivados. Além de uma formação – geralmente em curso superior – o currículo educacional pesa como um diferencial, por isso, caso vá participar, o importante é se preparar com bastante antecedência.
Ana Carolina Petribú, ex-trainee e hoje, coordenadora de canais digitais do Banco Itaú, explica que na época, recém-formada no curso de Engenharia Civil, focou nas empresas que mais se inspirava e que a notícia da aprovação no processo seletivo foi motivo de grande felicidade. Explana também que a trilha da carreira de trainee é um pouco diferente da trilha de carreira de alguém que venha do mercado de trabalho, porque contém alguns treinamentos específicos.
“Normalmente os processos de trainee são muito longos e com pouquíssimas vagas. E isso é proposital. As empresas prezam por selecionar perfis específicos, em especial, os de liderança, para trabalhar em instituições. Hoje, a minha recomendação para quem quer tentar um programa de trainee é: foco, estar atualizado sobre a empresa e sobre o mundo e acima de tudo, ter bem definido os seus objetivos profissionais”, explica Ana Carolina.
Época aquecida
Começou agora, na segunda metade do ano, a alta temporada de seleção para trainees. Em geral, os processos seletivos costumam durar de três a quatro meses, com previsão para início das atividades previstas para o mesmo ano ou em janeiro do ano seguinte, dependendo da vaga. A remuneração média é entre R$ 3 mil e R$ 8 mil por mês.
Um grande diferencial para sua possível aprovação está no seu currículo, afinal, é a sua apresentação no meio de milhares de pessoas. E se você ainda não fez um Linkedin – rede social profissional usada para o meio corporativo – hora de correr atrás e caprichar, mas vamos combinar uma coisa de antemão: sem mentir nas qualificações.
Alguns programas determinam que você faça o trabalho presencial, então, pode ser que você tenha que arrumar as malas caso passe para algum deles. Em contrapartida, oferecem benefícios como: vale alimentação, vale refeição, plano de saúde, pós-graduação, assistência dentística e outros mais, a depender de cada empresa. A expectativa é que 200 empresas lancem programas com novidades nos processos seletivos; no ano passado, foram 184 companhias.
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
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