É possível ver até onde as obras de recapeamento chegaram na rodovia RJ-130 (Teresópolis-Nova Friburgo): do quilômetro 0, no entroncamento com a BR-116 (Rio-Bahia), em Teresópolis, até próximo ao acesso ao bairro Cardinot, em Nova Friburgo. Dali até o quilômetro 68, no trevo de Duas Pedras, os buracos permanecem aumentando em tamanho e quantidade a cada dia. Também falta sinalização, escoamento de águas pluviais e sem obras de melhorias, causando desgastes nos veículos que passam pelo trecho e riscos de acidentes.
Nossa equipe esteve nesta terça-feira, 18, na estrada e não encontrou movimentação de máquinas nem de trabalhadores. A VOZ DA SERRA questionou o Governo do Estado sobre a paralisação da obra, mas recebeu como resposta uma nota que informou apenas que o “o cronograma das intervenções está mantido e cerca de 60 quilômetros da pavimentação da rodovia já foram recuperados.”
Desde fevereiro, a empreiteira responsável pela execução do serviço avançou apenas um quilômetro nas obras. Na ocasião, o Governo do Estado informou que haviam sido recuperados 59 quilômetros, de Teresópolis até Córego Dantas. No último dia 4, o Estado informou que a recuperação ocorreu ao longo de 60 quilômetros e nesta terça-feira, 18, confirmou essa informação.
Na última reportagem que publicamos sobre a paralisação da obra no início deste mês, o coordenador da Região Serrana da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Cidades, Nami Nacif, informou que o impedimento para o avanço dos serviços é a falta de conclusão do sistema de drenagem do trecho em frente ao Hospital São Lucas, no bairro Duas Pedras. Disse que participaria de reuniões na semana seguinte para saber como está esse projeto de drenagem. Procurado novamente, Nami informou que o DER-RJ não estava nesta reunião, mas assegurou que a obra será finalizada.
A obra
As intervenções na RJ-130 começaram no final de dezembro de 2021 e tinha previsão de término em um ano, mas o prazo foi prorrogado. A previsão do Governo do Estado agora, é de finalizar a recuperação total da estrada até junho. A obra é um sonho antigo, tanto dos motoristas, como dos empresários do setor hoteleiro e dos caminhoneiros que utilizam a estrada para escoar a produção de hortifrutigranjeiros. A obra de recuperação da rodovia, executada pelo Estado está orçada em R$ 63 milhões.
Uma das queixas dos motoristas que utilizam a Tere-Fri é quanto a necessidade urgente de nova pavimentação. Um dos pontos mais críticos é na altura do bairro Duas Pedras, onde ondulações na pista aumentam o risco de acidentes. Naquele trecho, buracos e escavações nos acostamentos causadas por enxurradas obrigam motoristas desavisados a terem que fazer manobras arriscadas e até mesmo invadir a contramão para desviar das crateras.
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