Do campo do Colégio Anchieta para a capital francesa. De Nova Friburgo para partir em busca do destaque internacional. A Escolinha do Paris Saint-Germain é a ponte para Bruna Rodrigues desfilar o seu talento, cruzar o oceano e, quem sabe, começar a trilhar o seu caminho na França. A jogadora vai representar o município na Copa do Mundo da Escolinha do Paris Saint-Germain – Paris World Cup -, no próximo dia 28, em Paris. O detalhe é que ela treina e conseguiu se destacar na categoria Sub-15.
“Eu sempre joguei com os meninos, e agora que vim para o PSG, comecei a jogar com as meninas. É uma técnica diferente, pois as meninas não tiveram a mesma base que eles. Quando recebi a notícia que iria para a França, fui logo contar para o meu irmão”, resume a ala, que desde muito jovem, com pouco mais de um ano, dispensava as bonecas e preferia a bola, incentivada pelo irmão.
A metodologia utilizada pela Escolinha é semelhante a utilizada nas divisões de base da equipe francesa, que dentre outros craques, conta com Messi, Neymar e Mbappé em seu elenco. A ideia é priorizar um jogo dinâmico e inteligente, com posse de bola e tomadas de decisão corretas. “Nós sempre valorizamos o futebol feminino, e quando a gente consegue trazer essas meninas para o campo, uma acaba puxando a outra. Já observamos as turmas femininas e mistas, que é o essencial. A Bruna é um exemplo disso: joga com meninos desde quando era mais nova, e rapidamente colheu os frutos”, comemora Roberto Braga, coordenador da escolinha.
Para concretizar o sonho, Bruna, escolhida entre dezenas de atletas de todo o país, precisa arrecadar em torno de R$ 30 mil. A família, até o momento conseguiu apenas um terço deste valor. Duas empresas de Nova Friburgo já manifestaram apoio, e há também uma “vaquinha” online para arrecadar os recursos. O endereço é www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-bruna-a-ir-ao-paris-world-cup. É possível contribuir ainda via Pix, utilizando a chave:3576810@vakinha.com.br
Natação brasileira tem 20 atletas com índice para Mundial paralímpico
O Brasil tem 20 atletas com índice para o Campeonato Mundial de Natação Paralímpica deste ano, a ser disputado em Manchester, no Reino Unido, entre 31 de julho e 6 de agosto. As marcas foram obtidas durante o Open Internacional, torneio organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e que terminou no último sábado (29).
No último dos três dias de competição, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, quatro índices foram alcançados, todos em classes em que os atletas têm deficiências físico-motoras (quanto maior o número da categoria, menor o grau de comprometimento).
Bruno Becker (classe S2), Edênia Garcia e Maiara Barreto (ambas S3) se credenciaram ao Mundial nos 200 metros nado livre, enquanto Daniel Mendes (S6) atingiu a marca nos 100 m livre.
"É uma sensação indescritível conseguir a marca para o meu segundo mundial. O trabalho está sendo muito bem feito e aproveitado. Agora, vou me preparar com mais tranquilidade e focar nos detalhes, sem a pressão de ainda ter que buscar o índice", disse Daniel, medalhista de ouro no Mundial do ano passado, em Funchal, em Portugal, no revezamento misto 4x50 m livre 20 pontos (limite da soma das classes dos quatro atletas).
Outro destaque foi Carol Santiago. A nadadora da classe S12 (baixa visão), que já tinha alcançado índice para o Mundial na quinta-feira passada, 27 de abril, primeiro dia de competição, quebrou o recorde das Américas - que já era dela - nos 100 m livre. Na sexta-feira, 28, Carol igualou o próprio recorde mundial dos 50 m livre.
A próxima oportunidade para os nadadores brasileiros buscarem índice para o Mundial de Manchester será a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, entre os próximos dias 20 e 21, também no CT Paralímpico. A convocação para a competição no Reino Unido está prevista para ocorrer entre a última semana de maio e o início de junho.
O Brasil teve 29 representantes no Mundial de Funchal, sendo que 26 deles foram ao pódio. O desempenho foi o melhor do país na história do evento, com 53 medalhas (19 douradas) e o terceiro lugar na classificação geral. Todos os nadadores que estiveram em Portugal integravam o Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual de atletas, mantido pelo governo brasileiro.
Natação brasileira paralímpica brilha com 20 índices para o Campeonato Mundial de Natação (Foto: Ale Cabral)
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