Série A2 terá rebaixado inédito e clubes em crescimento no caminho do Frizão

Ainda não há previsões sobre o início do Campeonato Carioca da Série A2, mas provavelmente a competição vai começar em meados de maio
terça-feira, 14 de março de 2023
por Vinicius Gastin
Garotos que brilharam em 2022 deverão formar a base do Friburguense nesta temporada (Fotos: Reprodução)
Garotos que brilharam em 2022 deverão formar a base do Friburguense nesta temporada (Fotos: Reprodução)

O Friburguense não terá uma estrada simples para percorrer em busca do sonho de voltar à primeira divisão do futebol do Estado do Rio de Janeiro. As próprias dificuldades encontradas pelo clube de Nova Friburgo, financeiras e estruturais, já são fatores desafiadores, mas a configuração dos adversários – agora todos definidos – amplia o tamanho da missão que o Tricolor da Serra terá pela frente.

Se fosse o Resende ou o Boavista, o Frizão teria mais um rival bem organizado financeiramente e com elenco praticamente pronto para a temporada. A queda do alvinegro do Vale do Aço, após 15 anos consecutivos na elite, foi definida apenas na rodada final da Série A1 deste ano, reforçando o equilíbrio existente entre as equipes de menor investimento na primeira divisão. Contudo, na comparação com as divisões inferiores, a disparidade é grande.

Assim como o Volta Redonda, o Resende já entra na competição como um dos favoritos – exatamente por conta dos fatores citados anteriormente. Com a manutenção de clubes fortes e a chegada do Ceac Araruama, o Tricolor da Serra terá jogos e viagens com nível grande de dificuldade, reencontrando equipes tradicionais que alimentam o mesmo objetivo.

Ainda não há previsões sobre o início do Campeonato Carioca da Série A2, mas provavelmente a competição vai começar em meados de maio. A tendência, seguindo a linha da Série A1, é que o regulamento para 2023 tenha poucas alterações – caso elas aconteçam.

Na temporada passada, a segunda divisão do Rio contou com 12 clubes participantes, divididos em duas chaves, com a disputa de dois turnos (Taças Santos Dumont e Corcovado). Ao lado do Friburguense, os remanescentes Gonçalense, Maricá, Sampaio Corrêa, Artsul, América, Cabofriense, Americano, Macaé e Olaria estão confirmados. A eles se juntam o Ceac / Araruama, promovido ao conquistar o título da Série B1 deste ano, e o Resende, rebaixado este ano.

O Friburguense fez grandes campanhas nas divisões de base durante a última temporada, e boa parte do elenco a ser montado para 2023 deve contar com os garotos. Vários deles, inclusive, já estiveram presentes na Série A2 deste ano, e foram utilizados com frequência, sobretudo na reta final. Reforços pontuais serão contratados para dar mais experiência e acrescentar qualidade ao plantel.

Em 2022, o Frizão foi comandado, em um primeiro momento, por Gerson Andreotti. Após a mudança do técnico para Portugal, o então auxiliar e preparador de goleiros, Afonso Franklin, assumiu o comando e liderou o elenco em campanha segura na Série A2.

Cadastro biométrico em estádios

A briga entre torcidas organizadas do Vasco e Flamengo, no último dia 5, levou o presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), deputado estadual Carlinhos BNH (PP), apresentar um projeto de lei que exige a identificação biométrica de torcedores na entrada de estádios. Com isso, será criado um banco de dados das pessoas que possuem histórico de violência dentro e no entorno dos locais de eventos esportivos.

O objetivo é frear a violência praticada por integrantes de torcidas organizadas, impedindo o acesso de criminosos aos estádios. De acordo com o projeto de lei 337/2023, fica obrigatória a utilização de sistema de identificação biométrica no momento da entrada dos torcedores, além de sistema de monitoramento por imagem em toda a área de uso comum de estádios de futebol com capacidade superior a 15 mil pessoas no Estado do Rio de Janeiro, nos dias de jogos.

As despesas decorrentes com a aquisição, a instalação e a manutenção de equipamentos e de softwares necessários para implementação da lei serão de responsabilidade do administrador e/ou proprietário do estádio, de acordo com o projeto de lei. Ainda segundo a proposta, o descumprimento acarretará em multa à entidade responsável pela organização do evento desportivo, no valor entre 10 mil e 100 mil Ufir-RJ.

Em caso de aprovação, e publicada a lei, o governo estadual terá 60 dias para regulamentação. Para isso, fica o Poder Executivo autorizado, através das secretarias estaduais de Polícia Militar e Polícia Civil e do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran), além dos demais órgãos da administração pública estadual, a celebrar convênios e parcerias com municípios, com o Poder Judiciário, com a entidade responsável pela organização da competição e, ainda, com proprietários ou responsáveis pela administração dos estádios, sempre com a participação do Ministério Público.

Foto da galeria
Com recursos limitados e adversários fortes, o Frizão terá o trabalho como principal álibi em 2023
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