A relação do sistema solar com asteroides

Durante a formação do sistema solar, nem todos os fragmentos rochosos que restaram do Big Bang formaram planetas e estrelas; alguns deles viraram asteroides
sexta-feira, 02 de dezembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Os asteroides são pequenos objetos rochosos que orbitam o Sol. Um grande número deles pode ser encontrado na região próxima às órbitas de Marte e Júpiter chamada Cinturão de Asteroides, de acordo com a Nasa. 

Estas rochas são objetos celestes remanescentes da formação do sistema solar que nunca tiveram a chance de se juntar à formação dos planetas há milhões de anos. Seu tamanho varia entre 530 quilômetros de diâmetro a até menos de 10 metros de diâmetro.

Fatos e características

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês), os asteroides são fragmentos de rocha cinza e com crateras. Seus corpos não são circulares como os planetas, mas têm uma forma irregular, recortada. No entanto, os maiores têm gravidade suficiente para se moldarem em uma forma esférica. Embora orbitem em torno do Sol, a Nasa observa que sua rotação é errática, ao contrário de outros corpos maiores. 

Ainda em relação à sua movimentação em torno do Sol, a agência espacial observa que grupos de 2 ou 3 asteroides de tamanho semelhante, ao se aproximarem um do outro, geram uma órbita em conjunto. Estes são chamados asteroides binários. 

Um segundo asteroide durante a extinção dos dinossauros

Em um instante catastrófico há mais de 65 milhões de anos, o curso da vida na Terra mudou para sempre. Um asteroide de cerca de 10km de largura atingiu a costa da região onde hoje fica a península de Yucatán, no México, e deu início a um cataclismo global. 

Os gigantescos tsunamis resultantes avançaram por milhares de quilômetros sobre regiões costeiras. Incêndios florestais assolaram vastas extensões terrestres. E a evaporação de rochas ao longo do fundo do mar lançou gases que provocaram oscilações climáticas extremas – causando a extinção de cerca de 75% das espécies do planeta, incluindo todos os dinossauros não aviários.

Mas essa pode não ser a história completa. Sob camadas de areia na costa da África Ocidental, há indícios de que a gigantesca rocha espacial não seria a única.

Pesquisadores identificaram uma possível cratera com cerca de 8.5 km de largura, revelada em levantamentos sísmicos do leito oceânico, segundo um novo estudo publicado na revista científica Science Advances. A cratera, batizada de Nadir, em homenagem a um vulcão submarino nas proximidades, parece ter sido esculpida pelo impacto de uma rocha espacial com largura mínima de 400 metros – e pode ter sido formada na mesma época da cratera de Chicxulub, a cicatriz extensa na superfície da Terra deixada pelo asteroide que dizimou os dinossauros.

“Muita gente questiona: como o impacto de Chicxulub, embora enorme, poderia ter tantos efeitos destrutivos em todo o mundo?”, indaga Veronica Bray, autora do estudo, cientista planetária da Universidade do Arizona, nos EUA. “Pode ser que não tenha sido apenas um asteroide.”

O objeto que originou Nadir teria sido consideravelmente menor que o causador da cratera de Chicxulub. Por isso, seus efeitos provavelmente foram mais localizados. Contudo, se confirmado, a segunda queda de meteorito em um curto intervalo poderia ter sido um golpe duplo na catástrofe global no fim do período Cretáceo, de acordo com o estudo. 

Uma hipótese formulada é que os dois asteroides poderiam ser provenientes de um mesmo corpo celeste original, que se partiu em dois antes de atravessar a atmosfera da Terra e atingir o solo, e se afastaram a uma distância superior a 5.400 km.

Embora sejam necessárias análises adicionais para confirmar a idade e identidade da possível cratera, e se possui relação com Chicxulub, cientistas estão cautelosamente empolgados com o possível novo local de impacto.

O registro de impactos antigos na Terra é lamentavelmente incompleto devido à agitação geológica intensa do planeta. Extensões da superfície são recicladas no manto da Terra, ao passo que outras são refeitas com novas rochas vulcânicas, e outras ainda são erodidas pela movimentação de geleiras. 

“A Terra destrói incessantemente crateras de impacto”, afirma Jennifer Anderson, geóloga experimental especializada em crateras de impacto na Universidade Estadual de Winona, nos EUA, mas que não integrou a equipe do estudo. Devido à atividade geológica do planeta, prossegue ela, “qualquer descoberta de uma nova cratera de impacto na Terra é sempre importante”. (Fonte: www.nationalgeographicbrasil.com/espaco)

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