Os vinhos no Brasil e o sucesso crescente nos últimos anos

quinta-feira, 30 de junho de 2022
por Jornal A Voz da Serra
Os vinhos no Brasil e o sucesso crescente nos últimos anos

O Brasil tem se tornado um dos países das Américas com maior crescimento no consumo de vinho. E na quarentena da Covid 19, o consumo não só aumentou como levou o brasileiro a criar um novo hábito: o consumo de vinho no dia a dia. 

São inúmeros os rótulos do nosso país e do mundo, que vem ocupando cada vez mais a mesa de  brasileiros. Só no começo de 2020, início da pandemia, o e-commerce viu o volume de vendas crescer 20% em relação ao mesmo período de 2019. Houve um aumento, inclusive, de novos clientes, um montante por volta dos 30%.

Uma recente pesquisa mostrou que houve um aumento de 65% do consumo entre os brasileiros, com uma média de duas garrafas por semana. Dentre os mais apreciados, o vinho tinto, com 85% da preferência. Os brancos aparecem com 7,2% e os espumantes 6,3%.

Ou seja, o mercado do vinho no Brasil está em tendência de crescimento e tanto o nosso vinho como os internacionais têm feito grande sucesso, tornando-se uma pedida cada vez mais frequente também no cotidiano e não somente em momentos especiais.

Riqueza que brota do solo do Sul ao Nordeste

Vinha é a plantação das videiras de uvas e nelas a produção de uvas tanto pode ser para vinho — que se caracteriza como vinhedo — como para o cultivo de uvas que podem ser consumidas in natura ou para fabricação de outros produtos, como geleias e passas. 

O Brasil vem mantendo uma crescente melhora na qualidade de seus vinhos. Ao conquistar cada vez mais espaços na produção de rótulos que priorizam a categoria e a elegância, o país revela uma identidade própria e única em cada variedade elaborada pelos cuidados de excelentes produtores. 

Apesar disso, o consumo de vinhos no país ainda é relativamente baixo. Estima-se que cada habitante brasileiro consome, em média, 1,8 litros da bebida, anualmente.

Embora São Paulo e Paraná se destaquem na produção de vinhos, a maior parte da produção está concentrada no Rio Grande do Sul, com produtores distintos, em vinhedos como os de Bento Gonçalves, entre muitos outros.

Apesar da supremacia gaúcha, ainda podem ser encontradas áreas vinícolas em Santa Catarina e no Nordeste. Em Santa Catarina, por exemplo, as uvas possuem maior concentração de aromas, graças ao amadurecimento mais lento que apresentam, condição influenciada pelas altitudes onde os plantios de vinhedos estão localizados, entre 900 e 1.400 metros em relação ao nível do mar.

Já no Nordeste, o maior destaque fica para a região do Vale do São Francisco. Ainda que a área sofra com a baixa incidência de chuvas, as plantações de uvas recebem sistema de irrigação artificial, podendo originar até duas safras por ano.

Para todos  os gostos

O Brasil cultiva em seus vinhedos diversos tipos de uvas estrangeiras, entre elas as castas tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Gamay, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Syrah. Já no caso das uvas brancas, o destaque fica por conta das uvas Riesling, Sémillon, Chardonnay e Trebbiano, além da mais plantada entre todas as outras, a Moscato Branca.

O país tem sido bastante lembrado e comentado quando o assunto envolve vinhos espumantes. O clima tropical e quente do Brasil é ideal para o cultivo de uvas ácidas, que denotam um caráter fresco e aromático para os rótulos que vem agradando os mais exigentes paladares dos especialistas.

Sobre uvas, vinhos e sabores

Apreciar um bom vinho é uma experiência inigualável, uma das mais agradáveis da vida, com ares de sofisticação e plenitude. Cada taça remete a datas e lugares já vividos ou leva a novas experiências, seja na companhia de pessoas de que gostamos ou, simplesmente, na companhia de nós mesmos! 

Para quem está começando a entender de vinhos, sempre vem à mente algumas dúvidas, que devem ser esclarecidas para tornar a degustação ainda mais apreciada e, quem sabe, se apaixonar também pelo universo da enologia. Confira as principais dúvidas do vinho e, caso queira, torne-se expert no assunto:

  • Vinho Doce

Os doces são aqueles conhecidos como vinhos suaves. O processo de sua fabricação sempre levará algum tipo de adição de açúcar na sua produção, e isso é necessário para favorecer a fermentação quando estiver armazenado. Até mesmo o vinho seco leva algum tipo de adição de açúcar, porém os suaves são os mais adoçados. 

  • Vinho Bordô

O bordô é um tipo de vinho produzido com o suco e a maceração das cascas das uvas, o que dá a cor mais acentuada. Sua uva é produzida quase que exclusivamente nas Américas, especialmente nos Estados Unidos e no Brasil. A uva bordô é uma videira versátil, de fácil adaptação climática e resistente a doenças. Sua cor viva é evidenciada na bebida, que possui taninos bem marcados e sabor intenso e amargo. Geralmente é usada como vinho de mesa e suave, além da produção de vinhos sem álcool e sucos de uva.

  • Vinho Tinto

O tinto é o resultado da fermentação do suco de uvas negras com a sua casca, retirando não só mais sabor, mas também a cor intensa que este vinho pode ter. No processo de sua fabricação, as uvas prensadas são deixadas descansando com as cascas num processo chamado maceração. Dependendo do tipo de uva, sua coloração e o tempo de maceração, mais vívida será a cor desse vinho. 

  • Vinho Seco

É mais próximo do suco obtido na fabricação do vinho, antes mesmo de sua fermentação. O vinho seco deve possuir menos de 4 gramas de açúcar por litro, e isso acontece no processo de fabricação, onde depois de macerado, começa a fermentação e faz com que a levedura transforme o açúcar presente na fruta em álcool. Na boca, o vinho seco tem taninos que dão a sensação de ressecamento e este é o tipo de bebida mais indicada para ser apreciada com alimentos, já que os vinhos suaves podem desequilibrar os sabores. 

  • Vinho Frisante

Parecido com os espumantes, o frisante possui uma característica que o difere: ele tem menor concentração de gás carbônico. Isto acontece naturalmente no processo de fermentação dos vinhos, mas no caso do frisante, especificamente, para obtê-lo, ele passa apenas pelo primeiro processo, com baixo gás carbônico e assim, o frisante faz parte da pré-produção de um espumante.

  • Vinho do Porto

É doce naturalmente, porém com alto teor alcoólico, que faz deste vinho uma das bebidas mais queridas do mundo. Não se sabe a origem exata, mas este vinho se tornou popular na região do Porto, em Portugal, mais precisamente em Gaia, cidade vizinha onde até os dias atuais serve como local natural de armazenamento da bebida. 

Enquanto no vinho comum o processo de fermentação é completo e com o açúcar da uva que se transforma e álcool, no vinho do Porto a fermentação é incompleta, tornando-o mais doce, porém com adição de aguardente. O teor de álcool no vinho do Porto pode chegar a 22%, enquanto de vinhos comuns é menor do que 14%.

(Fonte: www.mistral.com.br/)

 

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