Na fase final de recuperação, Barboza projeta retorno

Em entrevista exclusiva para A VOZ DA SERRA, Edson Barboza comenta sobre a lesão sofrida
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
por Vinicius Gastin
Em Nova Friburgo, com familiares e amigos, Barboza recebeu o carinho nas ruas e locais por onde esteve (Fotos: Reprodução)
Em Nova Friburgo, com familiares e amigos, Barboza recebeu o carinho nas ruas e locais por onde esteve (Fotos: Reprodução)

De Nova Friburgo para o mundo, Edson Barboza venceu e se tornou referência para os jovens, especialmente os friburguenses. O lutador seria a principal atração do Domingo de Lazer, promovido pela prefeitura no início deste mês. O evento acabou sendo adiado, por conta da previsão de chuvas, mas o atleta não deixou de comentar sobre a possibilidade de estar no município e ter contato com as pessoas.

“Às vezes a galera me reconhece de longe, fica olhando, mas não vem falar por vergonha”, comenta. O carinho e o reconhecimento são combustíveis a mais na reta final da recuperação de uma lesão no joelho, que o impediu de lutar com regularidade no último ano. Barboza não esconde a frustração, até por ter sido algo inédito na carreira, mas o sucesso de sua recuperação é iminente. Tanto que o atleta do UFC, com mais de uma década na organização, projeta voltar ao octógono em abril.

Em entrevista exclusiva para A VOZ DA SERRA, Edson Barboza comenta sobre a lesão sofrida, o processo de recuperação, as perspectivas para voltar a lutar e brinca ao ser chamado de lenda: “Parece que estou velho, mas é legal esse reconhecimento”, diz.

Você lutaria em outubro passado, mas acabou sofrendo uma lesão. Conte-nos um pouco sobre o que aconteceu e sobre como é para um lutador planejar uma luta e, depois de um período de preparação, não poder realizá-la…

Eu estava me preparando para lutar, faltavam cinco semanas, eu estava voando. Faltavam apenas alguns detalhes, como perda de peso. A lesão aconteceu no treinamento mesmo, quando eu estava praticando o wrestling e escutei um barulho no joelho. Fui alongar após o treino, mas o joelho travou e eu não conseguia mais me mexer. Descansei nesse dia, fui treinar novamente no dia seguinte meu joelho ‘saiu do lugar’. Fui ao médico e ele vetou. Foi uma situação difícil, por ter sido a primeira vez que aconteceu na minha carreira. Sempre me machuco bastante, mas continuo treinando e dá para lutar. Desta vez não deu, foi algo sério, com três tipos de lesão no joelho.

Como está a recuperação da lesão? Já está treinando sem limitações?

A recuperação está ótima. Tenho feito fisioterapia praticamente todos os dias, mesmo aqui em Nova Friburgo, com o Elvys Oliveira. A cada dia estou me sentindo mais confiante. Tenho algumas limitações ainda, mas acredito que voltando para os EUA eu poderei dar continuidade aos treinos, 100%, para lutar em breve.

Em uma de suas entrevistas, você disse que “a galera sabe que você dá show.” Essa é a marca que o Édson pretende deixar na história do UFC?

Com certeza. Todo mundo sabe que todas as vezes em que eu subo ao octógono, eu performo em alto rendimento e faço boas lutas. É um dos motivos pelos quais faço parte da companhia por tanto tempo. Então, eu acredito que sim, todas às vezes que a galera sabe que vou lutar, fica esperançosa. Todo mundo sabe que vai ser uma grande luta, independente de vitória ou derrota. Sempre proporciono um grande show para todo mundo.

Recentemente, Billy Quarantillo o chamou de “lenda” e fez a proposta de uma luta. Como é para você receber esse reconhecimento daqueles que ainda estão construindo sua história? É uma segunda pergunta: toparia a luta?

É um mix de sentimentos, pois quando eu ouço lenda, imagino uma pessoa velha (risos). Mas é algo legal, um reconhecimento. E eu luto com qualquer um, ainda mais com quem me chama para lutar. Se chamou eu aceito na hora, estou pronto para a briga com qualquer um.

Alguma possibilidade ou encaminhamento para assistirmos novamente o Edson em ação? Alguma luta já em vista?

Eu pretendo lutar em abril, no início do mês. Vou voltar agora para os EUA, treinar sem limitações e poder fazer todos os movimentos. Se Deus quiser estarei lutando no início de abril, e estou muito ansioso por isso.

O que passa na cabeça do Édson quando volta a Nova Friburgo e vê jovens friburguenses sonhando da mesma forma que um dia você sonhou? Qual conselho daria?  

É sempre especial para mim esse contato com as pessoas. Às vezes a galera me reconhece de longe, fica olhando, mas não vem falar por vergonha. Eu digo para eles que vale a pena acreditar nos seus sonhos, e é preciso trabalhar duro, independente de seguir na luta ou outra área. 

Foto da galeria
Após grave lesão, lutador entra na reta final de recuperação e projeta luta para abril
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