Mulheres negras que marcaram a história da humanidade

Dandara de Palmares, Tia Ciata, Angela Davis, entre outras
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Dandara de Palmares (?-1694): Um dos símbolos femininos de maior força para o movimento negro no Brasil. Casada com Zumbi dos Palmares, Dandara foi uma guerreira no período colonial do país. Não há muitos registros sobre sua vida e seus feitos. Entretanto, especula-se que ela conhecia as técnicas de capoeira e lutou bravamente para defender o quilombo dos Palmares. Morreu em 1694 ao cometer suicídio, pois não tolerava retornar à condição de escrava.

Tia Ciata (1854-1924): Hilária Batista de Almeida era o nome de batismo de Tia Ciata, que entrou para a história do país como uma das maiores influências para o surgimento do samba carioca. Cozinheira, ganhava a vida como quituteira. Era também mãe de santo e recebia diversos músicos em sua casa, como Pixinguinha, para compor e tocar samba, numa época em que manifestações culturais do povo negro eram proibidas. Tia Ciata é vista como um ícone de resistência negra no Brasil.

Lélia Gonzáles (1935-1994): Lélia Gonzáles foi uma professora, ativista, pesquisadora e intelectual do movimento negro brasileiro. Contribuiu para a fundação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro e do Movimento Negro Unificado. Deixou livros, ensaios e artigos importantes para pensar o feminismo na América Latina.

Sueli Carneiro (1950-): Uma das mulheres mais importantes da atualidade no Brasil, Sueli Carneiro nasceu em São Paulo, é doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo e criadora do Geledés Instituto da Mulher Negra, um dos principais órgãos independentes de consciência racial no Brasil. Autora de livros e artigos sobre raça, gênero e direitos humanos publicados no Brasil e no mundo, foi uma das responsáveis pela defesa constitucional da implantação de cotas raciais nas universidades brasileiras. Atualmente é referência do Movimento Negro nacional e nome incontornável no assunto nos campos políticos e acadêmicos. 

Angela Davis (1944-): Militante norte-americana de grande reconhecimento e influência nos EUA e no resto do mundo, inclusive no Brasil, sua luta ganhou destaque nos anos 70 ao participar do coletivo Panteras Negras (Black Panters) e do Partido Comunista dos EUA. Davis teve papel importante em 1971 ao ser presa injustamente, o que motivou um movimento por sua libertação, o Free Angela, que contou com o apoio de artistas e da sociedade civil. Atualmente, é professora e continua na luta contra a opressão, o racismo, o machismo e a violência institucional do sistema capitalista.

Marsha P. Johnson (1945-1992): Ativista trans norte-americana de grande importância na luta contra a transfobia. A drag queen e travesti teve papel essencial na Rebelião de Stonewall, em 1969, quando a população marginalizada LGBT se revolta contra a violência policial em Nova York em cima da comunidade gay.

Foi idealizadora da Frente de Libertação Gay e trabalhou na conscientização contra a Aids, doença que enfrentou por quatro anos. Sua morte ocorreu em 1992 em circunstâncias duvidosas, sendo considerada suicídio. Entretanto, especula-se que foi assassinato.

Harriet Tubman (1822-1913): Uma mulher forte que fez da vida uma luta contra a escravidão nos EUA. Nascida escravizada, ela conseguiu escapar do cativeiro e ainda contribuiu para libertar em torno de 300 negros. Harriet viveu até os 90 anos e no fim da vida se dedicou à causa do voto feminino. Sua trajetória impressionante e sua potência a transformaram em um emblema na luta abolicionista nos EUA e no mundo todo.

Rosa Parks (1913-2005): Nascida no Alabama, sul dos EUA, região onde a segregação era intensa, Parks enfrentou com coragem inabalável o sistema que dividia o país entre brancos e negros. Em 1955 marcou a história como ativista quando se recusou a ceder seu lugar a uma pessoa branca em um ônibus. Na época, as leis de segregação eram tão rígidas que os ônibus tinham assentos reservados a passageiros brancos. Devido a sua atitude, a ativista foi presa, o que gerou indignação na população negra e impulsionou grandes protestos que resultaram na anulação das leis de segregação racial.

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