A mãe — ou pai — de todas as profissões

Aos nossos mestres, de ontem, hoje e amanhã!
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

“Há pessoas que têm o poder de transformar as nossas vidas, e você é uma destas pessoas. Mais do que um professor, você é um mestre, uma pessoa que nos inspira a sermos a melhor versão de nós mesmos. Com você aprendemos muito mais do que teoria, aprendemos valores que nos tornarão cidadãos honrados e solidários. Suas aulas despertam em nós a curiosidade e a vontade de aprender sempre mais. E será lembrado ao longo de toda a nossa trajetória, como uma referência de ética e amor à profissão que escolhermos. Obrigado, pela sua dedicação e paciência, obrigado por dividir conosco o seu conhecimento e sabedoria, obrigado por nos fazer sonhar e acreditar em nossas capacidades!”

Condição de ser/estar professor

Vale a pena? Apesar do noticiário não ser muito animador, e o aspecto financeiro também não ser um atrativo no mercado brasileiro, a profissão continua atraindo milhões de profissionais. Os motivos são inúmeros, mas, muito provavelmente, o maior seja o fato de o magistério ser uma das profissões mais ligadas ao dom do que a qualquer outra coisa.

Há os que nascem para curar, os que nascem para educar, e outros tantos propósitos. Não que nas demais profissões não haja relação de escolha e missão, mas no caso dos professores ela parece ser mais intrínseca.

Afinal, estamos falando de uma profissão que é vista por muitos como a mais importante de todas, da mãe de todas as demais. Existem dificuldades e desafios tortuosos, mas ao mesmo tempo ainda há várias razões para celebrar a profissão. Como, por exemplo:

Marcando vidas 

Com exceção da profissão do médico, ou bombeiro, que salvam vidas, não se identifica outra profissão capaz de marcar tanto a vida das pessoas. Ele pode ser lembrado por toda vida, pelos conhecimentos passados, por experiências vividas, por inúmeros momentos compartilhados, os bons e os ruins

O professor tem a capacidade de transformar um aluno indisciplinado em um estudante brilhante, desde que consiga cativá-lo e conquistar sua confiança. Há inúmeros casos de professores que, por se tornarem tão populares, são reconhecidos e adorados por várias gerações de alunos. É uma recompensa e tanto poder mudar o rumo da vida de alguém por meio da educação, e exemplos não faltam.

Já teve o prazer de ser atendido por um médico excepcional? Já foi beneficiado por tecnologias criadas por gênios como Bill Gates ou Steve Jobs? Todos os profissionais extraordinários que propiciaram mais conforto e tranquilidade para nossas vidas passaram por professores.

Em todas as histórias de sucesso que ajudaram a transformar a humanidade, os professores tiveram importante contribuição. Eles têm o poder de impactar, influenciar comportamentos, despertar para as questões sociais, ambientais e culturais — além de fazer respeitar as diferenças e conviver bem com elas.

Não há limite para o conhecimento. Por mais que você leia livros, se atualize constantemente, sempre existe algo novo para ser aprendido. Com o advento da internet ficou mais fácil aprender, assim como ficou mais desafiador ensinar. Afinal, os alunos também podem ter, em segundos, acesso às informações passadas nas aulas.

Como as novas gerações já nasceram conectados, é impossível negar que também são fonte de aprendizado. Seja conhecimento técnico, ou até mesmo emocional, já que cada pessoa viveu uma história, e tem algo novo a apresentar e acrescentar.

O professor pode conviver com centenas de pessoas e extrair o melhor de cada uma, em cada etapa da vida, ensinando, aprendendo, trocando ideias, reconhecendo erros para evitar repeti-los, e aprofundar os acertos.

A evolução da educação no mundo

Em algum momento da história o ser humano percebeu que poderia transmitir conhecimento a outro ser humano. Quando exatamente isso aconteceu é algo que não se pode determinar, mas foi em algum período entre os primórdios da humanidade. A história da educação teria assim começado de uma maneira intuitiva e natural, com as crianças aprendendo com os mais velhos por meio da observação, da mesma forma como fazem os animais.

O aprendizado era concentrado nas necessidades do momento. Na pré-história, focavam em atividades de sobrevivência, como a caça e a pesca, por exemplo. Se aprendia observando e fazendo, e o aprendizado era para todos.

Na Grécia e Roma antigas, o surgimento da propriedade privada mudou as relações entre os homens, com a divisão de classes sociais e escravos. Os homens livres dispunham de muito tempo ocioso, e com o objetivo de ocupá-lo, criou-se uma instituição que conhecemos até hoje: a escola.

Nela, os cidadãos adquiriam conhecimentos condizentes com os interesses da sociedade em que viviam. Eram ensinados conteúdos como oratória, retórica, filosofia, artes e literatura. O aprendizado ajudava os jovens a se prepararem para a vida política, que era o grande mote das sociedades greco-romanas. 

Momentos históricos

As tendências educacionais costumam caminhar junto com o momento histórico pelo qual a sociedade está passando, e na Idade Média não era diferente. Se a vida política ditava a concepção de sociedade na Grécia e na Roma antigas, na Idade Média esse papel fica com a religião. 

A escola deixa de ser focada no ensino de habilidades políticas e passa a ter forte influência da Igreja Católica. Entre os conteúdos estavam o latim e o ensino religioso. No período medieval continuou sendo para poucos, e enquanto as camadas mais altas da sociedade têm acesso à escola, grande parte da população é analfabeta.

Na modernidade, o movimento iluminista, que sacudiu a Europa no século 18, combatia o teocentrismo e defendia que o homem deveria ser senhor de si mesmo e tomar decisões com base na razão. Seu lema, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, serviu de forte inspiração para a Revolução Francesa (1789-1799). Nas décadas seguintes essa declaração influenciaria publicações similares em outros países da Europa e da América Latina.

Com direitos civis, as pessoas de diversas camadas da sociedade ganham status de cidadãs e passam a ter acesso à escola. O conhecimento começa então a se democratizar.

Um outro fator que favoreceu a expansão da educação foi a Revolução Industrial (1820/1840), marcada pela mudança da produção artesanal para a de máquina. Como as fábricas precisavam de mão de obra qualificada, ampliar a oferta de escolas para as classes mais baixas ia de encontro a essa necessidade.

A configuração mais tradicional de sala de aula que conhecemos hoje, com alunos enfileirados uns atrás dos outros, é um resquício dessa época, quando o formato de fábrica passou a ser replicado pelas instituições.

 4ª Revolução Industrial

A Era da Informação, também chamada de Era Tecnológica ou Era Digital, é o período pós-era industrial marcado pelos avanços tecnológicos que transformaram a sociedade a partir da década de 1980. Como em todos os momentos da história, os reflexos do que a sociedade vivia chegaram nas escolas, e a tecnologia começou a transformar a educação. 

Instituições de ensino passaram gradualmente a adotar laboratórios de informática, a internet tornou o acesso ao conhecimento mais rápido do que as bibliotecas permitiam e a modalidade de EaD avançou e se expandiu.

A Educação 4.0 é o reflexo nas escolas da Indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial. O momento se caracteriza pela alta tecnologia que o setor industrial emprega para a automação de processos e o surgimento de conceitos como computação em nuvem e internet das coisas. 

A Educação 5.0 é uma continuidade da 4.0, uma evolução dela. Todos os elementos da Educação 4.0 se mantêm, mas outros também entram em cena. O objetivo da educação passa a não ser apenas a aquisição de habilidades para o mercado de trabalho futuro, mas também o conhecimento necessário para a produção de coisas realmente relevantes, capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas e trazer bem-estar social. 

O foco deixa de ser apenas “sobreviver”, e passa também contribuir para um mundo melhor. (Fonte: /www.clipescola.com/historia-da-educacao/)

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