No dia 27 de junho a redação de A VOZ DA SERRA recebeu a denúncia de um leitor indignado com o corte de uma árvore na Avenida Conselheiro Julius Arp, no bairro Olaria. “Estava tomando café da manhã às 8h, quando ouvi o ronco de motosserra. Na hora, pensei que era a prefeitura, limpando o terreno baldio aqui, ao lado da minha casa, que está infestado de ratazanas por conta de uma caçamba de lixo que caiu há quatro meses e não foi recolocada, e proporciona aos ratos, banquetes diários na calçada com o lixo ali deixado. Estava enganado. Não era esse o motivo do som da motosserra. Era a derrubada da única árvore da Avenida Conselheiro Julius Arp, entre a Rua Minas Gerais e o Paissandu. Sem dó nem piedade, foi ao chão com dezenas de ninhos de canarinhos e bicos de lacre. Um crime. Um verdadeiro absurdo. Quem fez isso e porque? Queria muito saber”, escreveu o morador.
O jornal, então, entrou em contato com a Prefeitura de Nova Friburgo, para saber o motivo do corte da árvore. Em nota, o município informou que “a poda foi feita pela Secretaria de Serviços Públicos, pois havia um laudo da Defesa Civil recomendando a poda rasa da árvore (corte rente à madeira) que, segundo esse mesmo laudo, estava apresentando riscos”. A nota disse ainda que a prefeitura já possuía solicitações de moradores e comerciantes do entorno pedindo a poda desde 2019.
Ao saber da justificativa da prefeitura para o corte da árvore, o leitor entrou em contato novamente com a redação do jornal e disse que indignou-se com a avaliação da Defesa Civil recomendando a poda rasa. “A recomendação de poda rasa foi substituída por outra decisão covarde de derrubada total da árvore que abrigava dezenas de ninhos de canários da terra e bicos de lacre e assistir no final da tarde desse dia, a agonia desses pássaros ao retornarem e nada encontrarem. Tudo no chão. Ficaram voando ao redor até escurecer observando o toco da árvore que restou, o cerne está todo preenchido, ela não iria mais crescer. Soube depois, que havia uma solicitação a essa secretaria, de moradores e comerciantes no entorno, solicitando essa poda, mas afirmo que nenhum morador ou comerciante desejava isso. Isso revela que quem fez essa absurda solicitação, estava, na verdade, se escondendo covardemente atrás de outras pessoas”, frisou o morador.
Ele sugere ainda que, “para amenizar a dor e a falta da pequena ilha verde e dos cantos matinais de seus habitantes, solicito, o mais rápido possível, o plantio de outra árvore no local da que foi abatida para que fique claro que nós somos defensores da vida em todas as suas formas. Contamos com a colaboração dessa secretaria que certamente não foi conivente com essas mentiras e arbitrariedades e peço que investigue e puna os responsáveis por esse lamentável ato”, escreveu o leitor.
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