Na última sexta-feira, 16, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por meio da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Macacu, promoveu a soltura de duas cobras no território da unidade de conservação em Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana. Após a devida avaliação médica, a equipe devolveu à natureza uma jiboia (Boa constrictor) e uma cobra-cipó (Chironius).
“As equipes dos órgãos ambientais estaduais estão sempre de prontidão para prezar não só pelo bem-estar da população fluminense, como também para garantir a segurança e a proteção da biodiversidade do nosso estado”, afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
A jiboia de mais de dois metros resgatada pelo Corpo de Bombeiros foi recebida pela unidade de conservação administrada pelo Inea e, após a equipe assegurar seu bem-estar, pôde retornar à natureza. Considerada a segunda maior espécie de cobra do Brasil, o animal não é venenoso e tem como principal alimento mamíferos roedores.
“A perda de um animal desse pode causar um agravo significativo na natureza. Então, quanto mais pudermos fazê-lo voltar para um ambiente mais favorável para ele, melhor. É um ganho para a sociedade e para a questão ambiental”explicou o veterinário responsável pela avaliação da cobra, Sylvio Martins Netto.
“Essa espécie de serpente é muito comum na nossa região e isso é legal para o controle da população de roedores”, acrescentou o guarda-parque Cristiano Rodrigues.
Já a cobra-cipó foi encontrada em uma escola municipal da região, que imediatamente acionou a equipe de guarda-parques da APA da Bacia do Rio Macacu. Agitada e arisca, a espécie geralmente foge no momento em que é avistada. Por possuir coloração verde, o animal se confunde facilmente com o ambiente, principalmente por passar a maior parte do tempo nas árvores e arbustos.
“É fundamental que tenhamos um manejo adequado do animal, porque se fosse em outras condições provavelmente ele seria abatido. Agora a cobra será solta na natureza sem nenhum prejuízo”, apontou a diretora do CIEP 479 Doutor Mario Simao Assaf, onde a espécie foi encontrada.
Ao encontrar animais silvestres em ambientes públicos, não se aproxime e acione a equipe da unidade de conservação mais próxima ou o Corpo de Bombeiros.
Sobre a unidade de conservação
Com aproximadamente 19 mil hectares, a APA da Bacia do Rio Macacu abrange partes dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí e Guapimirim. Foi criada com o objetivo de proteger a Faixa Marginal de Proteção (FMP) da Bacia do Rio Macacu, que é o maior contribuinte da Baía de Guanabara.
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