Gripe aviária: mais dois confirmados em aves silvestres no Estado do Rio

Registros foram feitos em São João da Barra, no litoral norte. Agora são cinco casos da doença
terça-feira, 06 de junho de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou na última sexta-feira, 2, mais dois casos de Influenza Aviária (H5N1) em aves silvestres migratórias que foram encontradas em São João da Barra, no litoral norte fluminense. Com esses registros, o total de casos de gripe aviária subiu para cinco. Todos os animais infectados são da espécie trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus). Até o momento, não há contaminação de pessoas, nem de demais aves, como o frango, muito consumido pela população. 

Equipes das secretarias estaduais de Saúde (SES) e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) acompanham as ocorrências e orientam a população a não tocar em aves silvestres com sinais de doença e acionar o serviço de vigilância sanitária.

Dos cinco casos confirmados no Estado do Rio, três ocorreram em São João da Barra. Os outros dois registros foram confirmados nos municípios do Rio de Janeiro e em Cabo Frio, na Região dos Lagos. A SES e a Seappa emitiram nota técnica às prefeituras dos 92 municípios fluminenses orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres. O procedimento só pode ser feito por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).  

Técnicos do setor de Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).  

Orientação sobre manejo

A SES-RJ orienta profissionais das unidades de saúde que estejam atentos, durante triagem e atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.

“Nossa preocupação é em informar a população para evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral do nosso estado. Felizmente, não temos casos de contaminação em seres humanos, mas, como já foi confirmado em aves silvestres, estamos ampliando a vigilância e orientando os 92 municípios”, disse o secretário estadual de Saúde, Dr. Luizinho.  

A Secretaria estadual de Agricultura informa que também não há qualquer registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense. Em caso de suspeita, o cidadão deve ligar 193 ou comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município. Os profissionais da Defesa Agropecuária estão devidamente capacitados para o atendimento às notificações da doença em animais.  

“Alertamos que deve ser evitado qualquer contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie). O cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município”, destaca o secretário de Agricultura, Dr. Flávio.

A Secretaria de Agricultura, por meio da Superintendência de Defesa Agropecuária, aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como: proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão de acesso da propriedade fechado; desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja; cuidados com a ração e água e restringir criação de aves pelos funcionários. Para ter acesso aos e-mails e endereços dos núcleos de Defesa Agropecuária basta acessar aqui.

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