Friburguense é derrotado em casa pelo Sampaio Corrêa

Sem jogadores mais experientes, time foi guerreiro, porém afobado e precipitado em campo
quarta-feira, 18 de maio de 2022
por Vinicius Gastin
Tricolor tentou chegar ao ataque, mas equipe volta a ser derrotada no Eduardo Guinle
Tricolor tentou chegar ao ataque, mas equipe volta a ser derrotada no Eduardo Guinle

Novamente desfilando um time repleto de garotos, o Friburguense não conseguiu tirar nota 10 diante de sua torcida, atravessou o samba e segue sem vencer no Campeonato Carioca da Série A2. O Tricolor da Serra foi derrotado por 3 a 1 pelo Sampaio Corrêa, em duelo promovido no último sábado, 14, no Eduardo Guinle, válido pela terceira rodada da Taça Santos Dumont. Luã marcou o gol do Frizão, já nos instantes finais do segundo tempo de partida.       

A equipe comandada por Gerson Andreotti volta a campo no próximo sábado, 21, e vai enfrentar o Maricá pela quarta rodada deste primeiro turno da Série A2. A partida será às 15h, no estádio Elcyr Resende, em Bacaxá, distrito de Saquarema, local onde a equipe adversária tem mandado os seus compromissos na competição.

O jogo

A expectativa pelos retornos de Jorge Luiz e Toshyia não se confirmou diante do Sampaio Corrêa. Ainda em fase final de recuperação, os dois jogadores mais experientes do plantel tricolor não puderam estar em campo. E esse fato pesa, faz diferença e ajuda a explicar como o jogo se desenvolveu em Nova Friburgo.

É inegável que os garotos do Friburguense – o mais velho em campo, novamente, tinha 24 anos – não se escondem. Batalham, tentar impor um ritmo e lutam durante todo o tempo. Mas essa empolgação precisa ser controlada. Há momentos para acelerar, outros para cadenciar. A pressa é, muitas vezes, inimiga da perfeição também no futebol. E quando o adversário é mais experiente, a afobação vira armadilha.

Rodriguinho tinha a missão de voltar para buscar o jogo e fazer algo parecido com o que Jorge Luiz faz: girar a bola, acionar meias e laterais. Ditar o ritmo, trabalhar a posse. E a palavra “trabalha”, provavelmente, foi a que Gerson Andreotti mais pronunciou à beira do campo. A ideia era aproveitar a movimentação de Wellerson, a força de Renato e o apoio dos laterais. Mas não através da ligação direta, conforme o Friburguense insistiu em fazer.

Com jogadores mais rodados, o Sampaio foi na contramão. Sem a mesma afobação, se postou na defesa, girou a bola e, aos poucos, começou a chegar com perigo. Pedro trabalhou duas vezes até a principal oportunidade do time visitante ameaçar de fato, aos 15 minutos. Alan cochilou no meio-campo, foi facilmente desarmado e, não fosse a mira ruim do ataque do Galinho, o placar teria sido alterado. A cadência do Sampaio Corrêa começou a dar o tom e se transformar em domínio.

Era o prenúncio do que estava por vir aos 24 minutos: após cobrança de escanteio, Pedro fez ótima defesa, a bola ficou viva na grande área e Fumaça empurrou para as redes. A insatisfação com o resultado e o rendimento eram tamanhas que Andreotti mexeu duas com 30 minutos, colocando Lucas Melo e Israel em campo. O primeiro entrou bem, e tentou ser o jogador a organizar o meio-campo. O segundo, também garoto, pouco acrescentou. Aos 37, num rápido contra ataque, o Sampaio ampliou o marcador encontrando muita facilidade para criar pelo lado direito de defesa. Caminho este explorado com eficiência e sucesso durante praticamente toda a partida.

Segundo tempo

O Friburguense voltou do intervalo com mais intensidade e presença ofensiva. Inclusive, aos 13 minutos, conseguiu executar uma das raras triangulações durante a partida, e a jogada terminou em chute de Ryan. Max rebateu e, no rebote, Rodriguinho foi travado no momento da finalização. No minuto seguinte, Breno arriscou de longe e o goleiro voltou a trabalhar bem. Contudo, no momento em que o Tricolor era melhor a torcida jogava com a equipe, o Sampaio Correa chegou ao terceiro gol, através de uma falta cobrada aos 19.

Andreotti mandou Barrozo, Cachoeiras e Luã a campo, mas o Frizão sentiu o golpe. Demorou a se restabelecer e ter alguma força para esboçar uma reação. O Sampaio Corrêa, na mesma batida, trabalhava a bola e fazia o relógio andar. É bem verdade que Max trabalhou duas vezes, mas em lances esporádicos. O goleiro visitante só não conseguiu parar o garoto Luã, aos 39 minutos, que teve categoria e tranquilidade para descontar. O Friburguense cresceu nos minutos finais, pressionou, mas não conseguiu marcar o segundo gol.

O Tricolor da Serra foi a campo com Pedro, Igor, Jean Cris e Breno; Ronaldo, Rhyan, Wellerson e Rodriguinho; Renato e Alan.

 

Tabela do Friburguense

 

Taça Santos Dumont (1º turno da Série A2)

 

Friburguense 1 x 5 Volta Redonda, Eduardo Guinle

  • Artsul 1 x 1 Friburguense, Nivaldo Pereira
  • Friburguense 1 x 3 Sampaio Corrêa, Eduardo Guinle
  • 21/mai – Sáb - 15h – Maricá x Friburguense, Elcyr Rezende
  • 01/06 – Qua - 15h – Friburguense x Gonçalense, Eduardo Guinle

 

Taça Corcovado (2º turno da Série A2)

 

  •  22/jun – Qua -15h – América x Friburguense, Giulite Coutinho
  • 25/ jun – Sáb -15h – Friburguense x Olaria, Eduardo Guinle
  • 02/ jul – Sáb -15h – Macaé x Friburguense, Moacyrzão
  • 09/ jul – Sáb -15h – Friburguense x Americano, Eduardo Guinle
  • 16/ jul – Sáb -15h – Angra dos Reis x Friburguense, Jair Toscano
  • 27/ jul – Qua -15h – Friburguense x Cabofriense, Eduardo Guinle              

 

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TAGS: futebol