Esporte na infância contribui para a saúde física e mental dos pequenos

Antes de iniciar qualquer esporte, o mais indicado é que a criança seja avaliada por um médico
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
por Vinicius Gastin
Jovens atletas participantes do Cefriba, em Nova Friburgo: incentivo à atividade deve começar cedo (Foto: Cefriba)
Jovens atletas participantes do Cefriba, em Nova Friburgo: incentivo à atividade deve começar cedo (Foto: Cefriba)

Estudos e profissionais comprovam: a prática de esportes na infância contribui positivamente para a evolução física, mental e emocional das crianças, podendo ser uma grande aliada no desenvolvimento da coordenação motora e prevenção de doenças como obesidade, depressão e ansiedade. Praticantes de exercícios físicos, em geral, têm um aumento na produção de serotonina, dopamina e endorfina, hormônios que despertam a sensação de felicidade. Quando hábitos saudáveis são iniciados ainda na infância, maiores as chances da prática se estender para a vida adulta.

De acordo com especialistas no tema, a prática de atividades físicas na infância pode e deve começar na forma de estímulos, ainda que eles venham por meio de simples brincadeiras. Tais estímulos podem estar em atividades simples como andar de bicicleta, correr, jogar bola, ou até mesmo em outras mais complexas como artes marciais e esportes aquáticos. Mais do que hábitos saudáveis, esses estímulos refletem na mineralização dos ossos e o fortalecimento dos músculos, prevenindo doenças relacionadas à densidade óssea que podem ocorrer a longo prazo.

Segundo o personal trainer Eduardo Curaçá, antes de iniciar qualquer esporte, o mais indicado é que a criança seja avaliada por um médico. Feito isso, é importante entender qual tipo de esporte desperta o interesse da criança e pode ser a porta de entrada para a atividade física. Além dos benefícios para a saúde, os esportes coletivos contribuem também para as relações sociais e despertam consciência sobre trabalho em equipe, seguir regras, entender e respeitar as limitações do outro e lidar com frustrações.

Ou seja, a criança passa a fazer amizades e estende a própria experiência de vida para além do convívio familiar, compreendendo como se relacionar fora das regras de convivência que ela já conhece, aprendendo a respeitar as diferenças. Desta forma, o esporte contribui também para a disciplina e a construção de valores das crianças, junto com a educação familiar e escolar.

Praticar esportes com os pais e familiares também pode ajudar na criação de vínculos mais fortes. “Independente da modalidade esportiva, é muito importante que a criança se divirta e conte com o apoio familiar. Praticar esportes em família pode tornar o exercício físico ainda mais prazeroso para as crianças, melhorar o convívio familiar e a confiança. E esses momentos podem ficar eternizados de modo positivo na memória delas”, afirma Curaçá.

OMS faz alerta

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em novo relatório, fez um alerta de que quase 500 milhões de pessoas vão desenvolver doenças cardíacas, obesidade ou outras doenças atribuídas à inatividade física entre 2020 e 2030. O documento contém dados de 194 países e mostram um progresso lento das nações para a criação de políticas públicas que possam reverter este quadro. O estudo reforça a importância de incentivar a prática esportiva desde os primeiros anos de vida.

A OMS destaca que os custos com este problema de saúde pública podem chegar a US$27 bilhões ao ano. Na visão de especialistas, o desafio é enorme, uma vez que foi desenvolvido um estilo de vida pós-pandemia que não favorece a atividade física. O computador e o uso do telefone, por exemplo, permitem resolver boa parte das tarefas. A principal mudança, segundo estudos, passa pela educação das crianças nas escolas e dentro de casa.

A recomendação é de 150 minutos por semana de exercício moderado ou 75 minutos de mais intenso. O segredo para trabalhar o sistema cardiovascular é de duas a três vezes por semana, de 20 a 30 minutos, mas com intensidade alta.

Os exercícios mais indicados para cada idade

 - Até dois anos: Devem ser estimuladas a explorar seus próprios movimentos. A natação é um ótimo esporte para essa idade, pois melhora o desenvolvimento das capacidades psicomotoras.

 - 3-5 anos: Esportes que desenvolvam a coordenação motora como artes marciais.

- 6-11 anos: Esportes coletivos como futebol, basquete, handball, vôlei.

- 12 anos em diante: Os esportes mais competitivos são ótimos nessa fase, como tênis e atletismo.

 

Foto da galeria
Estilo de vida sedentário deve resultar em piora na saúde pública global (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: