Dengue: Nova Friburgo cria estratégias para enfrentar avanço da doença

Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Nova Friburgo criou ações especiais para o enfrentamento da doença e o atendimento de saúde especializado em maior escala, caso haja necessidade
sexta-feira, 02 de fevereiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Os casos de dengue estão aumentando consideravelmente em todo o Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e, também, em Nova Friburgo. Só no mês passado, o município registrou 56 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, enquanto no mesmo período em 2023, foram registradas 7 infecções entre os friburguenses. Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Nova Friburgo criou ações especiais para o enfrentamento da doença e o atendimento de saúde especializado em maior escala, caso haja necessidade. 

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, por exemplo, está implementando as ações do plano de contingência nos diversos níveis de resposta para para conter a transmissão da dengue. De acordo com a situação epidemiológica atual do município, essas ações incluem visitas domiciliares na área urbana, visitas quinzenais em locais vulneráveis, levantamento de índices rápidos, palestras em escolas e atendimentos às denúncias de possíveis focos do mosquito transmissor.

Prevenção é urgente 

A onda crescente no número de casos acontece porque o verão é um período de altas temperaturas e chuvas intensas, o que facilita a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A melhor forma de prevenir a dengue é evitar a proliferação do mosquito. No entanto, é importante que o Poder Público tenha o apoio da população, não deixando água parada e denunciando possíveis focos para a Subsecretaria de Vigilância em Saúde.

A população precisa estar atenta também aos principais sintomas da doença como febre alta (39 a 40 graus), que dure de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. É preciso também estar atento também a manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer. 

Em caso desses sintomas, deve-se procurar um atendimento médico sem fazer uso de qualquer medicamento sem prescrição. Quanto antes for diagnosticada, menores são as chances de complicações pela doença.

Situação na capital é grave e preocupa o interior  

Em apenas um dia de janeiro, a rede de saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro teve 362 pessoas internadas por causa da dengue. Esse número é um recorde na série histórica iniciada em 1974. O recorde anterior datava de 2008. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, que confirmou que a capital fluminense enfrenta uma epidemia da doença.

“Um aumento do número de casos sustentados ao longo do mês, com repercussões na rede assistencial é a caracterização de uma epidemia clássica. Então não há porque a gente não ligar o alerta e falar que é um cenário epidemiológico real. Estamos numa epidemia de dengue na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Soranz.

Em janeiro, a capital registrou cerca de dez mil casos da doença - uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes. Isso representa quase metade de todos os 22.959 registros de 2023. Não há ainda confirmação de mortes este ano. Três óbitos estão sob investigação. Uma preocupação das autoridades é que a curva de casos, que historicamente tem os piores cenários entre março e maio, já apresentou grande inclinação em janeiro, superando incidências de epidemias passadas. “Nós provavelmente teremos um cenário pior em 2024”, projeta o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

A secretaria de Saúde atribui esse comportamento ao aumento de temperatura e grande quantidade de chuva. “No calor, o mosquito nasce com muito mais velocidade, e o período de chuvas propicia o acúmulo de água e mais focos de desenvolvimento do mosquito”, explica Soranz.

Centros de hidratação

A Prefeitura do Rio anunciou uma série de medidas de prevenção, combate à dengue e assistência a doentes. A partir desta segunda-feira, 5, serão abertos, gradativamente, dez polos de atendimento, conforme o crescimento do número de casos. Além disso, serão montados 150 centros de tratamento e hidratação em unidades de saúde.

Outra iniciativa é a vistoria compulsória em imóveis fechados ou abandonados. “Mas isso é uma medida de exceção. O importante mesmo é toda a sociedade se mobilizar para que a gente não precise. É uma situação extrema”, acrescentou o secretário de Saúde.

Estado

Em todo o Estado do Rio, foram registrados 17.437 casos prováveis de dengue nas quatro primeiras semanas de 2024. Para efeitos de comparação, no mesmo período em 2023 foram 1.441 notificações, de acordo com o governo estadual. Pelo menos duas mortes estão confirmadas: a de uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, no sul fluminense, e a de um homem de 33 anos, em Mangaratiba, na Costa Verde.

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