A CBF apresentou o regulamento da Copa do Brasil de 2023, e trouxe uma novidade relevante com relação à edição de 2024. De acordo com o documento, a Confederação vai extinguir as vagas para a competição via ranking nacional de clubes. A medida fortalece as federações estaduais, uma vez que 80 das 92 equipes se classificarão pelas competições locais.
Na edição de 2023, 10 equipes conseguiram suas vagas via o ranking nacional de clubes. Entre elas, três que estão na Série A do Campeonato Brasileiro: Santos, América-MG e Bahia. Também utilizaram pela última vez esse critério: Ceará, Juventude, Chapecoense, Avaí, Vitória e Ponte Preta. Por estarem empatados no ranking, Guarani e Criciúma participarão de um sorteio, com data ainda a ser divulgada pela CBF.
Para 2024, o ranking que será utilizado pela CBF será o das federações, para a definição de quantas vagas cada uma terá direito a distribuir nas suas competições estaduais. Federações mais bem colocadas, São Paulo e Rio de Janeiro terão direito a seis vagas via competições locais; Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná a cinco vagas; Ceará, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Maranhão, a três; enquanto os demais estados a apenas duas vagas.
Para todas as federações com direito a três vagas, as duas primeiras terão que ser obrigatoriamente destinadas ao campeão e vice de cada estadual, com a terceira ficando a critério de cada entidade que pode concedê-la em um torneio seletivo. Nos casos das federações com cinco ou seis vagas, a obrigatoriedade da distribuição via campeonatos estaduais sobe para três.
Vale ressaltar que 12 clubes seguirão com direito a entrar já na terceira fase da Copa do Brasil. No caso, os representantes do país na Libertadores, além dos campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde e Série B de 2023. Caso essa lista não preencha as 12 vagas, as restantes serão distribuídas no Campeonato Brasileiro.
Frizão acumula participações
Para o Friburguense, fora da elite estadual, o único caminho possível deve continuar sendo a Copa Rio. Em sua história, o Tricolor da Serra acumula participações marcantes na competição, em especial no ano de 2005. No ano anterior a equipe havia feito um bom Campeonato Carioca, quando chegou às semifinais da Taça Rio, sendo eliminado pelo Vasco, nos pênaltis. A participação na competição nacional começou em 16 de fevereiro, com goleada para cima da Caldense por 4 a 1, no Estádio Eduardo Guinle. Os gols foram marcados por Cadão, Bidu, Ziquinha e Marquinhos. No jogo de volta, 2 a 1 para os mineiros e vaga garantida para a segunda fase. O gol foi marcado por Sergio Gomes.
Na fase seguinte, o Frizão encarou o Internacional. Na ida, em um Eduardo Guinle com mais de 2.600 pessoas, o Friburguense recebeu o time que contava com Clemer, Tinga, Jorge Wagner, Fernandão e Rafael Sóbis, que seria campeão do mundo no ano seguinte. No primeiro confronto, em 16 de março, empate em 1 a 1. Marquinhos abriu o placar para o Tricolor Serrano logo no início da partida. No segundo tempo, faltando pouco tempo para o fim, o meia Tinga empatou.
Na volta, o Inter venceu jogo bastante polêmico em termos de arbitragem. O Friburguense chegou a colocar bola no travessão, inclusive, mas não resistiu ao adversário após ficar com jogadores a menos. Jorge Wagner e Fernandão marcaram duas vezes cada e definiram o resultado de 4x0. O Frizão ainda teve o goleiro Jefferson e o meia Vitor Hugo expulsos no confronto. O Frizão de Antônio Carlos Roy atuou com Jefferson; Sérgio Gomes, Cadão, Tiago Messias, Flavinho; Gedeil, Bidu, Marquinhos (Vitor Hugo), Abedi (Éder); Ziquinha e Sharley (Paulinho).
Em 2017, o Tricolor volta a disputar a Copa do Brasil, recebendo o Oeste-SP no Estádio Eduardo Guinle. Para avançar de fase, o Tricolor Serrano precisava vencer a partida, que contou com grande público em Nova Friburgo. Contudo, o time paulista venceu por 1x0, com gol de Mazinho, aos 25 minutos do segundo tempo, e avançou na competição. Esta foi a última partida do Friburguense por um torneio nacional.
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