Preso suspeito de morte de funcionária do TCE-RJ

Caso foi registrado como feminicídio. Suspeito foi interceptado pela polícia em um ônibus ainda em Friburgo quando tentava fugir para a capital
segunda-feira, 22 de abril de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Friburgo esclareceu nesta segunda-feira, 22, a morte brutal de Karen Mancini, de 39 anos. Ela foi assassinada na casa onde morava, na Estrada Homem de Gouveia, no distrito de Lumiar, na madrugada do último sábado, 20.

Karen era analista de controle externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e tinha uma medida protetiva contra o companheiro, expedida em novembro de 2023. O caso foi registrado como feminicídio. O suspeito, Clodoaldo Queiroz, 41 anos, foi interceptado pela polícia, por volta das 10h, desta segunda-feira, em um ônibus ainda em Friburgo quando tentava fugir para a capital. Ele tem o apelido de Gustavo (nome artístico usado por ele, que é cantor). A polícia informou que um mandado de prisão foi expedido pela justiça contra ele.  

A irmã de Karen, que mora no Espírito Santo, veio até Nova Friburgo quando soube da morte da irmã e prestou depoimento à Polícia Civil. Ela confirmou que a vítima sofria violência física e patrimonial, cometidas pelo atual companheiro. Uma amiga da vítima também foi ouvida pela polícia, em depoimento, também disse que Karen sofria violência doméstica. 

Em entrevista ao RJ-TV, da Rede InterTV, a irmã da vítima disse que a analista do TCE estava em depressão desde 2018 devido a morte dos pais ocorrida naquele ano em um intervalo de apenas três meses. Por isso, teria ficado debilitada emocionalmente e não conseguia sair da relação. E “Clodoaldo sempre a agredia, mas depois pedia perdão dizendo que ia mudar e ela acaba aceitando”, enfatizou a irmã que por ser policial e trabalhar com a investigação de crimes, disse ainda que jamais imaginou que agora estaria “do outro lado”.

O Instituto Médico Legal (IML) de Nova Friburgo constatou que a causa da morte de Karen foi "traumatismo craniano encefálico em consequência de ação contundente". O velório e o sepultamento de Karen ocorreram nesta segunda-feira, 22, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 

Medida protetiva foi expedida em novembro de 2023

Karen Mancini tinha uma medida protetiva contra o companheiro, expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em novembro de 2023. O documento indica que Karen teria sido vítima de lesão corporal e violência doméstica quando ainda morava na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, com o companheiro. O caso foi registrado na 37ª DP, também na Ilha do Governador.

Um funcionário de Karen também teria denunciado que ela estaria sendo vítima de violência doméstica. Em uma denúncia feita ao 180, Central de Atendimento à Mulher, em 2023, o funcionário alegou que Karen sofria agressões há pelo menos três anos e que já teria sido ameaçada pelo companheiro com uma faca. 

Segundo a irmã da vítima, Karen estava no relacionamento desde 2018, e vinha sofrendo agressões há cerca de cinco anos. Ela teria se mudado para Lumiar depois que a medida protetiva foi expedida, mas reatou o relacionamento. 

A irmã também conta que recebeu informações de que vizinhos de Karen relataram ter ouvido uma briga na noite anterior à descoberta do corpo da analista.  "Vizinhos disseram que as brigas eram constantes e que, inclusive na noite anterior ao corpo dela ser encontrado, eles tinham ouvido brigas dos dois. Eu quero justiça pela minha irmã", desabafou Caroline Mancini, que é policial civil. Reportagem em atualização. (Com informações do G1)

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