Depois da enxurrada de despesas extras de todo início de ano como os tributos IPTU, foro, taxa de incêndio, IPVA, material escolar, o segundo trimestre do ano bate à porta trazendo mais gastos para o consumidor, principalmente os que utilizam remédios de uso contínuo. O reajuste nos preços dos medicamentos, que acontece todos os anos com autorização do Governo Federal, entra em vigor em abril e deve girar em torno de 4,5%, com base no aumento do Índice dos Preços ao Consumidor, o IPCA.
Esse aumento, soma-se à correção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que é regulado por cada estado. E no meio de tanta sigla, está o consumidor, que desta forma, será afetado duas vezes.
“Apesar de ser um reajuste que acontece anualmente, ninguém está preparado para gastar mais, essa é a grande verdade. E quem mais sofre sempre são aquelas pessoas que precisam de medicamentos de uso contínuo, como remédios para pressão arterial, diabetes, doenças cardíacas e tantas outras. E não tem o que fazer, a melhor solução é sempre a pesquisa de preços”, diz Paulo Vion, CEO da plataforma Consulta Remédios (CR). Ainda de acordo com Vion, uma simples pesquisa pode levar a uma economia de mais de 80%.
“Hoje existe um facilitador muito grande que é a compra digital. Precisamos aprender a usar essa ferramenta a nosso favor. E é claro que fazer uma pesquisa na internet é muito mais fácil que ficar pulando de farmácia em farmácia”, explica ele.
Pesquisar é sempre a melhor saída
E é justamente por isso que cada vez mais, plataformas e health techs vêm apostando nesse diferencial. É o caso da própria Consulta Remédios, plataforma de varejo farmacêutico que vem investindo nessa funcionalidade. Uma simples busca no comparador de preços da plataforma mostra que a Losartana, por exemplo, um dos medicamentos mais populares no tratamento de pressão alta, tem uma variação de preços que chega de R$ 19 a R$ 91.
É importante também que os consumidores estejam atentos a possíveis abusos no preço dos medicamentos. “Esse reajuste anual, que é autorizado pelo Governo Federal e regulamentado pela Câmara de Regulação dos Medicamentos, a CMED, é uma sugestão de valor máximo de aumento. Ou seja, as farmácias podem subir em até este valor. Algumas redes acabam abusando desse aumento, e é importante que os consumidores fiquem atentos”, diz Vion.
“Hoje o consumidor tem uma gama de possibilidades, que vão desde uma simples pesquisa de preços à adesão de programas sociais. A busca por medicamentos genéricos é uma dica importante, uma vez que esses medicamentos costumam ser sempre mais baratos e são igualmente eficazes, por exemplo. Para aqueles que usam medicamentos para pressão alta, diabetes, asma, o programa Farmácia Popular também é uma alternativa", diz Vion.
"No entanto, a alta dos preços não está restrita a esses casos, muitos medicamentos que ainda possuem patentes ativas, têm exclusividade de farmacêuticas. Neste caso, a pesquisa de preços é a melhor opção para gastar menos", finaliza ele. (Fonte: portal Terra)
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