Este ano, o fenômeno já aconteceu uma vez. Foi no último dia 1º. Chama-se superlua e ocorre quando a lua está no perigeu, o ponto mais próximo da Terra ao longo de sua órbita ligeiramente elíptica. Nesta quarta-feira, 30, a superlua poderá ser observada pela segunda e última vez neste ano. Ela também é chamada de Lua Azul por ser a segunda lua cheia do mês.
A órbita da lua ao redor da Terra tem uma excentricidade de cerca de 0,05, o que significa que a distância entre a lua e a Terra varia em cerca de 35 mil quilômetros. Quando está no perigeu, ela está a cerca de 363.300 quilômetros de distância da Terra; quando está no apogeu, o ponto mais distante, está a cerca de 405.600 quilômetros de distância.
A diferença de distância entre o perigeu e o apogeu é de apenas 42.300 quilômetros, o que pode parecer pouco, mas tem um impacto significativo no tamanho e brilho aparentes da lua. Quando a lua está no perigeu, ela parece cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que quando está no apogeu.
Desta vez será possível observar a superlua a olho nu. “Você olha e percebe que ela está maior do que a lua cheia normal”, observa Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “É bem gritante. A única coisa que pode acontecer para não conseguir enxergar é o tempo ficar nublado. Aí não tem jeito. Mas se tiver céu limpo, como aconteceu na primeira superlua deste ano, vai ser um espetáculo legal de ver”, acredita a astrônoma.
A lua cheia desta quarta-feira será às 22h35, horário de Brasília. De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional, o termo “superlua” foi criado pelo astrólogo americano Richard Nolle, em 1979. Ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Como o termo não é originalmente científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da lua em relação à Terra que caracteriza a superlua.
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