Com a proximidade da Sexta-feira Santa, neste dia 2, data na qual as pessoas que seguem a tradição católica costumam não consumir carne vermelha, a procura por peixes geralmente aumenta. A equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA esteve nesta quarta-feira, 31, em um dos locais mais procurados pelos consumidores friburguenses, que é o mercadão da Vila Amélia (Coopfeira), onde é possível encontrar um melhor preço e qualidade do pescado.
Em anos anteriores, o crescimento na produção chegou a 30%, segundo levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura. Já neste ano, com as medidas restritivas de combate à Covid-19, que acarretaram o fechamento de restaurantes, turismo quase nulo e diminuição no poder de compra da população, as vendas estão mais “enxutas”. O pequeno acréscimo no preço do pescado neste ano também compromete as vendas.
Segundo o funcionário de uma peixaria da Coopfeira, Wallace Chaves, “em relação aos últimos anos, o movimento caiu, enquanto a procura pelo serviço de entregas em domicílio, o delivery, cresceu. Agora (nesta semana) o movimento vem subindo e o pico costuma ser entre quarta e quinta-feira mesmo”, disse, ressaltando que houve um aumento na venda dos peixes congelados e queda no pescado fresco.
“Esse ano teve as vendas tiveram uma queda de mais ou menos 20%. Deve ser por causa da pandemia. O movimento da Semana Santa para a gente já começa uns dez dias antes, pois até a quinta semana da quaresma que culmina o Domingo de Ramos muita gente prefere comer peixes, seguindo esse hábito também durante a Semana Santa. Mas esse ano houve uma situação atípica, pois com os restaurantes fechados e falta de turismo na cidade, a procura caiu”, explicou o comerciante Oslain Carvalho.
O aposentado Diógenes Azevedo, 73 anos, esteve na manhã desta quarta-feira, 31, na feira da Vila Amélia e comprou o famoso bacalhau para o almoço da sexta-feira santa. “Lá em casa todos seguem essa tradição de não consumir carne neste dia em que lembramos a paixão de Cristo com sua crucificação e morte na cruz. Eu até opto por outros tipos de peixe nesta data, mas minha esposa prefere manter a tradição e preparar um tradicional bacalhau”, disse.
Cuidados importantes na hora de escolher um pescado
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Higiene: Compre apenas em estabelecimentos limpos;
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Limpeza: observe se o peixe está livre de contaminantes (como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas);
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Temperatura: veja se os pescados são mantidos na temperatura recomendada pelo fabricante (refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente). Nas peixarias, os balcões devem trazer a indicação da temperatura interna.
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Peixe fresco: Os peixes frescos têm olhos brilhantes e salientes. As escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele. As guelras têm que possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade. O odor do peixe é característico, mas não pode ser repugnante.
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Peixe seco: Ele deve estar armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos, com ausência de mofo, ovos, ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, limosidade superficial e amolecimento. Não pode ter odor desagradável.
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Peixe congelado: Os produtos congelados devem ser conservados nas temperaturas recomendadas pelos produtores. No freezer, não devem existir poças de água ou alimentos molhados, pois são sinais de que o equipamento foi desligado ou teve a temperatura reduzida.
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Embalagem: Se optar por peixes embalados, observe se há etiqueta com o nome do produto, conteúdo líquido (quantidade ou volume que o produto apresenta), identificação da origem (identificação do país ou local de produção daquele produto), o lote e o prazo de validade.
Por que não comer carne na Sexta-Feira Santa?
No feriado da Sexta-feira Santa, data que relembra o dia em que Jesus Cristo foi crucificado, os católicos costumam não comer carne vermelha. São consumidos, em boa parte das vezes, peixes, camarões e frutos do mar. Na Idade Média, havia o hábito de jejuar toda sexta-feira. No século 9, enquanto Nicolau I era o papa, todos os cristãos maiores de sete anos não comiam carne às sextas. Ao longo do tempo, as tradições foram mudando, e hoje esse costume só é aplicado na Sexta-feira Santa.
Segundo a tradição católica, a opção por não ingerir carne vermelha na sexta-feira da Paixão é em respeito ao derramamento de sangue de Jesus Cristo durante sua crucificação e morte. No sábado santo e no domingo de Páscoa, não há restrições quanto aos hábitos alimentares.
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