Saúde. Novo contraceptivo Implanon será distribuído no SUS

Conheça os benefícios do implante hormonal que custa até R$ 4 mil
quinta-feira, 10 de julho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

O Sistema Único de Saúde (SUS) dará um passo significativo na ampliação das opções contraceptivas para as mulheres brasileiras. O Ministério da Saúde anunciou que irá disponibilizar o implante contraceptivo hormonal, conhecido como Implanon, nas unidades básicas de saúde a partir do segundo semestre deste ano.

Até dezembro, cerca de 500 mil mulheres poderão utilizar o contraceptivo Implanon gratuitamente, o implante hormonal, que pode custar até R$ 4 mil. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde que ainda irá publicar uma portaria oficializando a incorporação do contraceptivo no SUS. A partir da publicação, as áreas técnicas terão 180 dias para efetivar a oferta. 

Resultado mais eficaz que outros métodos de evitar gravidez

  • Implante: 0,5 falha em cada 1.000

  • Vasectomia: 1 a 1,5 falha em cada 1.000

  • DIU hormonal: 2 falhas a cada 1.000

O Implanon já é usado na rede privada, a um custo que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil. O investimento do Ministério da Saúde será de aproximadamente R$ 245 milhões e, até 2026, é estimada a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos em todo o Brasil.

Para que serve o Implanon?

O Implanon é um dispositivo que libera hormônios no corpo da mulher a fim de evitar a gravidez. Além disso, devido ao mecanismo de ação da progesterona, ele pode ajudar a regular o ciclo menstrual, reduzir as cólicas e os sintomas da endometriose, bem como pode diminuir o risco de desenvolvimento de câncer de endométrio e de ovário por inibir a proliferação da camada endometrial do útero.

Porém, é importante lembrar que ele não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis, sendo que o uso de preservativos é recomendado para a prevenção dessas infecções.

Como é colocado

A inserção desse dispositivo é feita pelo ginecologista nos próprios consultórios durante um processo que leva cerca de dez minutos. No início do procedimento, o médico aplica anestesia local para minimizar o desconforto da paciente e em seguida faz uma incisão (corte) na parte interna do braço, por onde insere o Implanon sob a pele com o uso de um aplicador específico. Logo após é feito um curativo que deve permanecer seco por pelo menos 24 horas.

Como funciona

O Implanon é uma pequena haste flexível que libera gradualmente um hormônio chamado etonogestrel na corrente sanguínea, agindo de formas combinadas para prevenir a gravidez. Esse hormônio é um tipo sintético de progesterona, como mencionado anteriormente.

Primeiramente, o hormônio inibe a ovulação, ou seja, a liberação mensal do óvulo pelos ovários, de forma que os espermatozóides não encontram nenhuma célula germinativa para fecundarem.

Além disso, a progesterona liberada pelo Implanon engrossa o muco cervical, tornando mais difícil a passagem dos espermatozóides pelo colo do útero, além de reduzir a proliferação celular do endométrio, que se torna mais fino e menos receptivo à implantação de um óvulo que porventura tenha sido fertilizado. Um benefício adicional do muco cervical mais espesso é dificultar a infecção por bactérias.

Para quem é indicado

O Implanon é um método contraceptivo particularmente útil para as mulheres que têm dificuldade de lembrar de tomar a pílula todos os dias ou que passam mal ao tomar pílulas anticoncepcionais ou ainda, que não podem fazer uso de estrogênio. Também está indicado para mulheres que desejam um método altamente seguro e eficaz.

Além disso, ele serve para tratamento de endometriose, de anemia secundária a sangramento uterino anormal e redução do fluxo menstrual e cólicas. Vale lembrar que métodos de longa duração são indicados para mulheres que não desejam engravidar pelos próximos seis meses, mesmo que pretenda suspender o método antes do prazo de duração, que no caso do Implanon é de três anos. Porém, ele é contraindicado para mulheres com trombose ativa, doença hepática grave, câncer de mama ou outros tumores hormônio-dependentes.

Outros métodos contraceptivos na rede pública

O SUS disponibiliza atualmente os seguintes métodos contraceptivos:

  • Preservativos externo e interno

  • DIU de cobre

  • Anticoncepcional oral combinado

  • Pílula oral de progestagênio

  • Injetáveis hormonais mensal e trimestral

  • Laqueadura tubária bilateral

  • Vasectomia

 

* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações da Agência Brasil e portal G1. Supervisão de Henrique Amorim 

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