Quase 90% dos fluminenses acreditam que preços devem continuar em alta

Pesquisa da Fecomércio feita com mais de 500 pessoas teve objetivo de entender as expectativas dos consumidores
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Preço do arroz em mercados de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
Preço do arroz em mercados de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

Um estudo realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), núcleo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) mostra que 89% dos consumidores fluminenses acreditam que os preços dos bens e serviços por eles consumidos estão aumentando e devem continuar em alta. Ao longo deste ano, a inflação da região metropolitana do Rio tem se mantido baixa (+0,51% até agosto), influenciada pela forte queda da inflação dos serviços (-0,70% até agosto). 

No entanto, a sensação de que os preços estão aumentando pode estar vindo da inflação observada no grupo Alimentação no domicílio (+3,14% até agosto). Contribuíram para o aumento dos preços dos alimentos consumidos em casa a inflação do arroz (15,7% até agosto), feijão (+ 29,22%), cebola (+ 43,84%) e do leite longa vida (+ 18,76%) ingredientes muito presentes na mesa de qualquer brasileiro.  

A sondagem contou com a participação de 502 consumidores do Estado do Rio, com o objetivo de entender quais as expectativas dos fluminenses com relação à retomada da economia estadual e nacional, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores. 

Perspectiva para a renda familiar

A pesquisa também procurou saber quais são as expectativas dos consumidores fluminenses para a evolução da sua renda. Em julho, 55,5% acreditavam que sua renda cairia. Em setembro, o percentual caiu para 41,5%. Uma parte importante das pessoas que acreditavam que a sua renda cairia em julho, agora acha que a renda ficará estável.    

O mesmo estudo levantou também a probabilidade de consumo de bens duráveis nos próximos meses: 37,5% dos entrevistados afirmaram que os gastos com esse tipo de bem irão se manter, 33,6% pretendem diminuir e 28,9% devem aumentar as compras desses itens. Em agosto, 14,9% dos entrevistados haviam dito que os gastos com bens duráveis aumentariam.  

Endividamento 

Com relação ao nível de endividamento nos últimos três meses, 31,7% afirmaram que não ficaram endividados, 25,1% responderam que ficaram com poucas dívidas, 23,3% disseram que ficaram endividados e 19,9% relatam que ficaram muito endividados. Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito liderou o ranking (63,5%), seguido pelo crédito pessoal (26,7%), cheque especial (22,2%) e carnês (18,5%). O nível de endividamento permaneceu praticamente estável em relação à pesquisa realizada em agosto.  

Além disso, nos últimos três meses, 47,1% dos consumidores afirmaram que não ficaram inadimplentes. No mês de agosto, o percentual de informantes que não estavam inadimplentes foi igual a 35,3%.  

Mais seguro no emprego

A retomada gradual da economia do Estado do Rio de Janeiro pode ter contribuído para o aumento da confiança do consumidor fluminense para os próximos três meses. Quando questionados se estão com muito medo de perder o emprego, 43,2% dos entrevistados afirmaram que sim, representando uma queda de dez pontos percentuais em relação ao estudo realizado em julho. No novo levantamento, 18,5% dos consumidores estão com pouco medo de perder suas ocupações e 38,2% afirmam não terem receio do desemprego. 

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