Para tentar reduzir a enorme fila de espera por consultas com especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo Federal lançou na semana passada, um conjunto de medidas que inclui mutirões, uso da rede privada e telessaúde. Em Nova Friburgo, usuários do SUS denunciam com frequência, a dificuldade para marcação de consultas nos postos de saúde. Cardiologia, endocrinologia e urologia são algumas das especialidades com maior escassez de vagas.
O pacote federal, batizado de “Agora Tem Especialistas”, prevê a contratação de clínicas particulares, ampliação dos turnos nos hospitais públicos, carretas com atendimento móvel e transporte de pacientes até os serviços. A promessa é de até 4,6 milhões de consultas e 9,4 milhões de exames por ano.
Para a expansão da oferta de serviços especializados, o Agora Tem Especialistas prevê o credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados para atendimento de pacientes do SUS com foco em seis áreas prioritárias - oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. A contratação será feita pelos estados e municípios, ou de maneira complementar pela AgSUS.
A medida provisória estabelece ainda que hospitais privados e filantrópicos realizem consultas, exames e cirurgias de pacientes do SUS como contrapartida para sanar dívidas junto à União. Da mesma forma, os planos de saúde poderão ressarcir os valores ao SUS através de atendimentos.
Uma das prioridades é aproveitar ao máximo a capacidade da rede pública de saúde, com a realização de mutirões e ampliação dos turnos de atendimento em unidades federais, estaduais e municipais. A estimativa é que, com medidas como essa, seja possível expandir em até 30% os atendimentos em policlínicas, UPAs, ambulatórios e salas de cirurgias por todo o Brasil.
Prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer
O programa Agora Tem Especialistas prevê a consolidação do cuidado oncológico no SUS como a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer. O Ministério da Saúde vai adquirir mais 121 aceleradores lineares até 2026, representará um aumento e qualificação dos aparelhos em funcionamento no SUS.
Destes equipamentos para radioterapia, seis foram entregues na semana passada em São Paulo (SP), Bauru (SP), Piracicaba (SP), Curitiba (PR), Andaraí (RJ) e Teresina (PI). O país deverá contar com o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer. Todos os serviços oncológicos serão integrados para oferta de teleconsultoria, telelaudos e telepatologia. Com a participação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a rede será capaz de emitir, inicialmente, 1.000 laudos por dia. (Fonte: Gov.br)
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