No último dia 13, um idoso de 67 anos deu entrada no Hospital Raul Sertã com sintomas de coronavírus. De acordo com familiares, o paciente é diabético e hipertenso (o que o classifica como grupo de risco) e apresentava, de acordo com seu filho, falta de ar, estado febril, dores no corpo e falta de apetite. O homem precisou ser internado e, de acordo com seus familiares, as informações sobre o estado de saúde dele eram poucas, o que os deixou muito apreensivos.
“O início do atendimento passou confiança, foi bem informativo, o médico explicou tudo direitinho. No pós-internação, a gente ficou perdido (sem comunicação). No momento da internação, meu pai estava com oxigenação baixa, o que, combinado com outros sintomas alertou-se para a suspeita de coronavírus. Depois que ele foi internado, não consegui mais falar com meu pai. Disseram que não podia usar o celular. Outro médico apenas disse que estava bem, mas não explicou mais nada. Precisamos de mais informações sobre o real estado de saúde dele”, pediu a família.
O filho questionou o motivo de o pai ter sido levado para o setor exclusivo para pacientes de Covid-19, onde estavam outros infectados. “Isso nos deixou preocupados porque se o meu pai está com suspeita, por que ele está internado ao lado de pessoas que têm a doença? Se ele não teve, agora certamente vai ter contato com o vírus”, questionou.
O procedimento
A Prefeitura de Nova Friburgo explicou que os atendimentos para casos suspeitos de Covid-19 seguem um protocolo rígido e padronizado, visando a saúde dos profissionais que realizam o atendimento e do paciente. Após triagem – informou o município –, aferição de temperatura corporal, identificação de vínculo clínico epidemiológico, o indivíduo que apresenta alguns sinais e sintomas sugestivos de um grupo de agravos que compartilha a mesma sintomatologia; e os casos que apresentam teste laboratorial positivo na detecção do vírus, mas estão em estado de saúde que necessite observação e não a transferência para UTI, ficam na enfermaria exclusiva para casos de Covid-19.
A nota técnica GVIMS/GGTES/Anvisa 04/2020 informa também que “é clara na instrução para que sejam eliminados e/ou restritos o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefones. E recomenda não entrar no quarto/box ou área de isolamento com prancheta, caneta, prescrição, celular ou qualquer outro objeto que possa servir como veículo de disseminação do vírus.
No momento em que o paciente é encaminhado para a enfermaria de Covid, em decorrência da baixa oxigenação (sintoma da doença), é necessário repouso e, portanto, restrição de suas atividades para evitar o estresse. Além da privacidade dos demais pacientes na enfermaria e o não compartilhamento de objetos pessoais.”
A prefeitura informou ainda que “quando o paciente está na UTI, é seguido o mesmo protocolo e a mesma rotina da UTI comum. Informamos às famílias uma vez por dia, das 15h às 17h, porém, em função da pandemia, esse contato é feito agora por telefone, para que os profissionais de saúde não tenham que sair da área em que atuam para a parte externa do hospital. Nos próximos dias será definido o protocolo de informações referente aos pacientes da enfermaria”, informa nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde.
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