Prefeitura explica o protocolo seguido em casos suspeitos de Covid

Após internação, contato do paciente com a família é reduzido ao extremo
terça-feira, 19 de maio de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Internação por Covid no exterior (Reprodução da web)
Internação por Covid no exterior (Reprodução da web)

 

No último dia 13, um idoso de 67 anos deu entrada no Hospital Raul Sertã com sintomas de coronavírus. De acordo com familiares, o paciente é diabético e hipertenso (o que o classifica como grupo de risco) e apresentava, de acordo com seu filho, falta de ar, estado febril, dores no corpo e falta de apetite. O homem precisou ser internado e, de acordo com seus familiares, as informações sobre o estado de saúde dele eram poucas, o que os deixou muito apreensivos.

“O início do atendimento passou confiança, foi bem informativo, o médico explicou tudo direitinho. No pós-internação, a gente ficou perdido (sem comunicação). No momento da internação, meu pai estava com oxigenação baixa, o que, combinado com outros sintomas alertou-se para a suspeita de coronavírus. Depois que ele foi internado, não consegui mais falar com meu pai. Disseram que não podia usar o celular. Outro médico apenas disse que estava bem, mas não explicou mais nada. Precisamos de mais informações sobre o real estado de saúde dele”, pediu a família.

O filho questionou o motivo de o pai ter sido levado para o setor exclusivo para pacientes de Covid-19, onde estavam outros infectados. “Isso nos deixou preocupados porque se o meu pai está com suspeita, por que ele está internado ao lado de pessoas que têm a doença? Se ele não teve, agora certamente vai ter contato com o vírus”, questionou.

O procedimento      

A Prefeitura de Nova Friburgo explicou que os atendimentos para casos suspeitos de Covid-19 seguem um protocolo rígido e padronizado, visando a saúde dos profissionais que realizam o atendimento e do paciente. Após triagem – informou o município –, aferição de temperatura corporal, identificação de vínculo clínico epidemiológico, o indivíduo que apresenta alguns sinais e sintomas sugestivos de um grupo de agravos que compartilha a mesma sintomatologia; e os casos que apresentam teste laboratorial positivo na detecção do vírus, mas estão em estado de saúde que necessite observação e não a transferência para UTI, ficam na enfermaria exclusiva para casos de Covid-19.

A nota técnica GVIMS/GGTES/Anvisa 04/2020 informa também que “é clara na instrução para que sejam eliminados e/ou restritos o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefones. E recomenda não entrar no quarto/box ou área de isolamento com prancheta, caneta, prescrição, celular ou qualquer outro objeto que possa servir como veículo de disseminação do vírus. 

No momento em que o paciente é encaminhado para a enfermaria de Covid, em decorrência da baixa oxigenação (sintoma da doença), é necessário repouso e, portanto, restrição de suas atividades para evitar o estresse. Além da privacidade dos demais pacientes na enfermaria e o não compartilhamento de objetos pessoais.”

A prefeitura informou ainda que “quando o paciente está na UTI, é seguido o mesmo protocolo e a mesma rotina da UTI comum. Informamos às famílias uma vez por dia, das 15h às 17h, porém, em função da pandemia, esse contato é feito agora por telefone, para que os profissionais de saúde não tenham que sair da área em que atuam para a parte externa do hospital. Nos próximos dias será definido o protocolo de informações referente aos pacientes da enfermaria”, informa nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde. 

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