Muitas pessoas têm uma relação conflituosa com a comida porque frequentemente buscam nas refeições uma espécie de refúgio para seus problemas. É o que chamamos de fome emocional. Veja bem, não há problema em buscar conforto na comida de vez em quando.
Saber diferenciar os tipos de fome é importante para entender melhor nosso comportamento alimentar e construir uma relação melhor com a comida
Todos nós fazemos isso, até porque o ato de comer vai muito além de nutrir o próprio corpo — ele está relacionado a aspectos comportamentais, emocionais, culturais, sociais e psicológicos.
O problema é que a fome emocional, após sanada, na maioria das vezes provoca um sentimento de culpa ou tristeza, que é quando a pessoa percebe que o conforto que encontrou naquela comida era apenas temporário e as sensações ruins prevalecem.
Como identificar a fome emocional
Diferente da fome física, ela é bem seletiva. Dificilmente alguém vai comer um prato de brócolis com beterraba para “afogar” as emoções. O mais comum é recorrer a doces, salgadinhos, sorvetes e frituras, alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, que são recompensadores para o cérebro. A fome física, por sua vez, não é seletiva: qualquer alimento que seja do seu gosto servirá para supri-la. E podemos identificar sinais do corpo quando estamos com fome, como sensação de estômago vazio, dor de cabeça e irritabilidade.
Saber diferenciar os tipos de fome é importante para entender melhor nosso comportamento alimentar e construir uma relação melhor com a comida. Também é importante não fazer restrições, pois se você cortar completamente um alimento ou grupo alimentar do cardápio, o risco posteriormente de ter um episódio de descontrole é muito maior. Além disso, tente encontrar prazer em outras comidas além das “recompensadoras”.
Você pode se satisfazer com uma comida simples e bem temperada, uma receita especial da família ou um prato típico de um lugar que você goste, por exemplo. Outro ponto importante é que os alimentos que buscamos para suprir a fome emocional não devem substituir nossas refeições.
Se possível, tente cozinhar mais, trabalhar com alimentos naturais (frutas, legumes e verduras) e prestar mais atenção aos itens que compra.
Para quem tem uma relação muito complicada com a comida, trilhar esse caminho não é tarefa fácil, e muitas vezes, é necessário contar com ajuda profissional. O acompanhamento com profissionais de psicologia e nutrição focados em comportamento alimentar pode ajudar.
(Fonte: www.portalumami.com.br)
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