A Secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade entregou 480 câmeras que servirão para monitorar a fauna fluminense em unidades de conservação estaduais e municipais, como o Parque dos Três Picos, em Nova Friburgo. Além dos registros visuais que otimizam as políticas de conservação, o material contribuirá para a atualização da lista de animais da fauna ameaçada no Estado do Rio de Janeiro, o que resultará na publicação de um livro inédito.
(Foto: Governo do Estado RJ)
“A última lista de fauna ameaçada foi publicada em 1998 pela secretaria. O novo levantamento é considerado essencial para orientar ações de preservação ambiental e acabarmos com os 27 anos de defasagem nos estudos”, informou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
As entregas acontecem no âmbito do projeto Fauna Ameaçada, capitaneado pela Subsecretaria de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ficará a cargo da distribuição dos novos equipamentos que serão instalados em pontos estratégicos das matas fluminenses. Em conjunto com as armadilhas fotográficas, a Secretaria também entregou, nesta segunda-feira, 19, equipamentos de manejo de fauna como caixas de transporte, puçás e pinções, que serão utilizados pelos guardas-parques estaduais.
(Foto: Governo do Estado RJ)
Todos os municípios fluminenses receberão câmeras para o monitoramento, além de unidades de conservação estaduais como os parques estaduais Cunhambebe (Costa Verde) e dos Três Picos (Região Serrana) e o Refúgio da Vida Silvestre, no Médio Paraíba.
O levantamento e monitoramento da fauna silvestre no estado é parte integrante da Estratégia e Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio de Janeiro, em construção com a coordenação da secretaria, visando ações para a conservação da biodiversidade do estado de 2025 a 2030.
A previsão é que o Livro da Fauna Ameaçada no RJ fique pronto em até dois anos. Uma empresa especializada será contratada, via edital público, para auxiliar na análise e organização desses dados.
Mais de 1.300 espécies de animais vertebrados já foram identificadas na Mata Atlântica, que também é considerado um dos ecossistemas mais ameaçados no planeta. Dessas, aproximadamente 620 são espécies de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 260 de mamíferos, como a onça parda e o mico-leão-dourado, atualmente ameaçados de extinção.
(Foto: Governo do Estado RJ)
As unidades de conservação estaduais
O Inea tem a competência de empreender ações para a conservação da biodiversidade fluminense, administrar as unidades de conservação (UCs) estaduais e promover e fomentar a restauração da Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro.
Ao todo, as 40 unidades de conservação sob administração do Inea vêm recebendo máxima atenção na sua implantação e gestão, para que cumpram da melhor maneira possível as finalidades de sua criação. São cerca de 494.017 hectares de área protegida pelo estado.
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