O futuro da Terra, um planeta que tem sido o lar de uma infinidade de formas de vida por bilhões de anos, está se tornando um tema de crescente preocupação entre cientistas e pesquisadores

Utilizando modelagens climáticas avançadas, os pesquisadores projetaram um cenário no qual a Terra se transforma em um ambiente inóspito, incapaz de sustentar a vida como a conhecemos.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
por Ana Borges
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

O futuro da Terra, um planeta que tem sido o lar de uma infinidade de formas de vida por bilhões de anos, está se tornando um tema de crescente preocupação entre cientistas e pesquisadores. Recentemente, um estudo publicado na revista Nature Geoscience trouxe à tona previsões alarmantes sobre o destino a longo prazo do nosso planeta. 

Utilizando modelagens climáticas avançadas, os pesquisadores projetaram um cenário no qual a Terra se transforma em um ambiente inóspito, incapaz de sustentar a vida como a conhecemos. 

Com seus 4,5 bilhões de anos de existência, passou por transformações geológicas e climáticas significativas. Desde sua formação como uma massa incandescente de magma até o desenvolvimento de placas tectônicas e a eventual emergência de supercontinentes, o planeta tem sido um palco de mudanças contínuas. 

No entanto, apesar de sua longa história, a Terra ainda é considerada jovem em termos cosmológicos. Estamos apenas um pouco além de um terço do caminho através de sua vida útil prevista, o que significa que muitas mudanças ainda estão por vir.

Infelizmente, as previsões para essas mudanças futuras não são otimistas. O estudo em questão, liderado por Alexander Farnsworth, um pesquisador sênior do Cabot Institute for the Environment na Universidade de Bristol (Reino Unido), utilizou supercomputadores para modelar o clima da Terra nos próximos 250 milhões de anos. 

As conclusões são perturbadoras: dominado por um novo supercontinente chamado Pangea Ultima, o planeta se tornará praticamente inabitável para mamíferos — aquáticos e terrestres, no qual se incluem os humanos — devido a temperaturas extremas e níveis elevados de dióxido de carbono.

A equipe de Farnsworth projetam que os níveis de dióxido de carbono poderiam dobrar em comparação com os níveis atuais, enquanto o Sol emitirá cerca de 2,5% mais radiação. Com o supercontinente localizado principalmente nas regiões tropicais quentes e úmidas, grande parte do planeta enfrentará temperaturas entre 40 e 70 graus Celsius. 

Este cenário, descrito como uma “tríplice ameaça”, combina o aumento do CO2, a intensificação da radiação solar e o efeito da continentalidade, resultando em um ambiente hostil e desprovido de fontes de alimento e água adequadas para humanos, fauna e flora, enfim, todas as espécies.

Este estudo sublinha a importância de compreender as mudanças climáticas a longo prazo e a necessidade urgente de mitigar os impactos das atividades humanas no clima atual.

Boa leitura, seu cuidem, bebam água, muita água, e bom fim de semana!

 

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