Nova Friburgo tem saldo positivo de empregos pelo 4º mês seguido

Município já recuperou 60% das vagas perdidas durante a pandemia
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Nova Friburgo tem saldo positivo de empregos pelo 4º mês seguido

As indústrias de Nova Friburgo já recuperaram 60% das vagas perdidas entre março e junho, meses mais afetados pela pandemia do coronavírus e pelas incertezas em relação à economia. Em outubro, o setor criou 306 empregos consolidando uma trajetória positiva na abertura de novas vagas nos últimos quatro meses — ao todo foram criados 771 postos de trabalho. Os dados estão na plataforma Retratos Regionais da Firjan, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, em www.firjan.com.br/retratosregionais, que traz o recorte setorial e regional do mercado de trabalho fluminense todos os meses.

O segmento de fabricação de produtos de metal vem puxando a lista de contratações. Com 514 vagas de trabalho criadas, Nova Friburgo lidera a lista entre todos os municípios fluminenses e contribui diretamente para o crescimento do setor no estado do Rio, onde todas as vagas perdidas já foram recuperadas e novas contratações vêm sendo realizadas. Outros setores, como confecções abriram 138 postos de trabalho no município e as empresas de material plástico e de borracha, 60 vagas.

Para Mauro Alvim, presidente do Sindicato das Indústrias Metal-Mecânicas de Nova Friburgo e Região (Sindmetal), o resultado é reflexo da alta demanda na construção civil e da necessidade de abastecimento do varejo. “As empresas do setor vêm gradualmente retomando os níveis de produção anteriores à pandemia, precisando contratar mais trabalhadores para atender a demanda”, resume.

Em relação aos outros municípios que compõem o Centro-Norte Fluminense, em outubro quem registrou mais contratações do que demissões no setor da indústria foi Cachoeiras de Macacu (+ 44 vagas), seguido de Bom Jardim (+ 43), Macuco (+ 39), Cantagalo (+ 25), Carmo (+ 14), Santa Maria Madalena (+ 5) e Duas Barras (+ 2 vagas criadas). Registraram saldo negativo os municípios de Cordeiro (- seis vagas), São Sebastião do Alto (- 3) e Sumidouro (- uma). Trajano de Morais ficou estável. 

Nestes municípios, considerando todos os setores econômicos, a região criou 915 empregos em outubro. A indústria liderou com a abertura de 468 postos de trabalho; comércio com 306 vagas; serviços teve 139 novos postos e agropecuária fez duas contratações no período. Com isso, 47,2% de todas as vagas perdidas já foram recuperadas.

“O impacto foi muito forte em toda a cadeia econômica como todos sabem, mas as empresas da nossa região têm se mostrado resilientes e dispostas a correr atrás dos prejuízos e redirecionar nossas cidades para o crescimento. Não será uma tarefa fácil, ainda mais com o novo aumento dos casos da Covid-19, mas estamos confiantes e preparados para continuar ajudando os empresários", explica a presidente da representação regional da Firjan no Centro-Norte fluminense, Márcia Carestiato.

Incentivo para setor metal-mecânico

Com a aprovação da lei estadual 8.960/20, que regulamenta o regime diferenciado de tributação do Imposto sobre a Circulação de Mercdorias e Serviços (ICMS) para indústrias do setor metal-mecânico em todo estado do Rio, a expectativa é que novos postos de trabalho sejam criados nos próximos meses.

A medida reduz a carga tributária das empresas do setor e as torna mais competitivas perante os estados concorrentes, como Minas Gerais e São Paulo.  Desta forma, também há a expectativa de que empresas que comercializam com as siderúrgicas locais sejam atraídas para instalarem suas fábricas no Rio de Janeiro.

“A indústria fluminense enfrenta dificuldades para vender dentro do estado, é uma vitória poder competir em igualdade com estados vizinhos. Com o incentivo, a expectativa é de que as empresas se fortaleçam e possam criar mais empregos nos próximos meses”, completo Alvim.

Segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro, atualmente as empresas que não fazem parte da zona incentivada pela lei 6.979/15 estão sob o regime de 20% de alíquota final de ICMS. Mas, com a regulamentação da nova lei e adesão pelos contribuintes, os estabelecimentos contarão com uma tributação mais simples, de 3% na saída sobre o valor faturado, além da possibilidade de aquisição de alguns bens com diferimento, o que beneficia o fluxo de caixa.

            

 

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TAGS: Emprego | negócios