No Brasil, 75% das domésticas não têm carteira assinada

Contribuição ao INSS garante benefícios a domésticas; dados vão embasar plano nacional de cuidados.
quinta-feira, 26 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Uma pesquisa divulgada, neste mês, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostrou que 75% das trabalhadoras domésticas no Brasil atuam sem carteira assinada. Apenas 36% contribuem para a Previdência Social.

A contribuição previdenciária garante acesso a benefícios como aposentadoria, salário-maternidade, auxílio-doença e pensão por morte. O levantamento foi feito em abril de 2025 com base em questionário respondido por 665 trabalhadoras domésticas de diferentes regiões do país. Os dados vão subsidiar a elaboração da Política e do Plano Nacional de Cuidados.

A pesquisa traça o perfil das trabalhadoras: são, em sua maioria, mulheres, negras, de baixa renda e responsáveis pela renda familiar. Veja os destaques:

  • 75% não têm carteira assinada

  • 57,1% são chefes de família

  • 34% são mães solo

  • 70% relatam sofrer com cansaço crônico

Atualmente, o Brasil tem mais de seis milhões de empregados domésticos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de dezembro de 2023. As trabalhadoras domésticas são a principal categoria da força de trabalho remunerada de cuidados no país, representando 25% desse total, segundo o Ministério do Trabalho.

Baixa remuneração é realidade na maioria das regiões

Segundo a pesquisa, 64,5% das trabalhadoras domésticas não recebem um salário mínimo. O dado é baseado na Pnad de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.073,62.

Os menores rendimentos foram registrados nas regiões Nordeste e Norte:

  • Nordeste: 88,3% ganham menos de um salário mínimo

  • Norte: 83,1%

  • Centro-Oeste: 54,6%

  • Sudeste: 55,5%

  • Sul: 51,8%

Ainda segundo o levantamento, os rendimentos médios mensais variam entre R$ 709,40 e R$ 849,51, mesmo em estados com alta população.

 

* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações do portal G1. Supervisão de Henrique Amorim 

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