O Governo do Estado do Rio de Janeiro começou ontem, 18, uma ação integrada para coibir a circulação de motos sem placa, com placas encobertas e ilegíveis. Na capital, a fiscalização reúne agentes dos departamentos de Trânsito (Detran-RJ), de Transportes Rodoviários (Detro-RJ) e as polícias Militar e Civil. De acordo com o coordenador de fiscalização do Detran, Marcos Moreira, a ação integrada acontecerá em pontos diferentes da cidade, nos sete dias da semana, durante todo o dia, e depois deverá chegar ao interior.
“A fiscalização tem como objetivo coibir a circulação de motocicletas em situação irregular, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro. As motos estão sendo fiscalizadas em caráter prioritário, mas qualquer outro veículo que esteja em condição irregular será alvo dessa ação conjunta”, disse Moreira.
De acordo com o Governo do Estado, o Instituto de Segurança Pública (ISP) identificou, recentemente, um grande número de ocorrências praticadas por pessoas que se deslocam neste tipo de veículo para cometer delitos. “Vários tipos de crimes estão sendo cometidos pelos bandidos em motos sem placas. Eles fazem isso para não serem identificados ou localizados”, explicou o tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da Polícia Militar.
Segundo ainda o Governo do Estado, só nas quatro primeiras horas da ação, foram realizadas 94 abordagens, que resultaram em 20 motos rebocadas, emissão de 91 autuações, além de 26 motos encaminhadas ao posto de vistoria em função de irregularidades.
Denúncias em Nova Friburgo
Na última sexta-feira, 15, A VOZ DA SERRA publicou reportagem que mostrou o aumento do número de motos em Nova Friburgo e, consequentemente, dos problemas causados por elas, um deles, a circulação de algumas delas, sem placas. Além do barulho perturbador das motos, um leitor do jornal, que não quis se identificar, enviou uma denúncia sobre o aumento do número de motos que estão circulando sem placas. “Eu dirijo muito pela cidade e tenho visto um número crescente de motos sem placa nas ruas, inclusive no Centro, em plena luz do dia. Me preocupa o motivo de os motociclistas quererem esconder as placas. Se isso não for coibido, podemos passar pelos mesmos problemas de São Paulo, que registrou casos de entregadores de delivery falsos, que assaltam quando fingem entregar pedidos. Sem as placas das motos, fica mais difícil identificar os bandidos”, relatou ele.
Na ocasião, a prefeitura não respondeu sobre número de motos multadas ou apreendidas por cometer essa irregularidade, já que a Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) é a responsável por essa ação. Ontem, 18, recebemos, através de nota, as respostas sobre o assunto. De acordo com a prefeitura, até o momento, a Smomu não possui esse tipo de registro. A nota ainda informou que “o cidadão que flagrar tal irregularidade pode procurar um agente de trânsito ou entrar em contato com a Smomu pelo telefone (22) 2526-9261.”
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