Já se passaram quase 75 dias desde que as chuvas de 22 de dezembro de 2019 causaram sérios danos no distrito de Amparo. A Estrada Velha continua com trechos intransitáveis, com buracos de quase dois metros de profundidade. As linhas de ônibus estão impedidas de circular por conta de buracos e excesso de lama. A chuva constante do início da última semana dificultou os reparos.
No mês passado, um micro-ônibus da empresa Faol foi disponibilizado para atender aos moradores do Loteamento Tiradentes. O sistema de baldeação deverá funcionar até que a obra de recuperação da Rua Jerônimo de Castro, na altura da conhecida Curva da Morte, seja finalizada. A população pede que alguns ajustes sejam feitos para que o serviço atenda aos usuários satisfatoriamente. O micro-ônibus faz o transporte gratuito dos moradores do loteamento até um ponto de conexão com os ônibus da linha Centro-Amparo, todos os dias das 8h às 20h, com intervalos de meia hora entre as viagens.
“A baldeação foi implantada na primeira semana de fevereiro, após 40 dias de espera dos moradores após um acordo assinado pelo prefeito Renato Bravo e a presidente da Associação de Amigos e Moradores de Amparo (Assamam). Uma das principais reivindicações dos moradores é de que haja melhor sincronia entre os horários de baldeação e a saída dos ônibus de Amparo para o centro de Friburgo. “Essa falta de sincronia causa prejuízos e desconforto para estudantes e trabalhadores”, diz o membro do Coletivo Vozes do Tiradentes, Evandro Rocha. Ele informou também que após um apelo, a empresa Faol autorizou que a baldeação tivesse início às 6h30.
Um grupo de moradores cronometrou o tempo de deslocamento do micro-ônibus até o ponto de embarque com os horários que atendem a comunidade. Diante desses dados, tendo como referência a tabela de horário oficial que atende o distrito, foi elaborada uma tabela experimental para sincronização dos ônibus.
De acordo com os moradores, o tempo médio com parada para embarque nos quatro pontos entre a quadra poliesportiva e o Bar do Schot é de seis minutos. Sem paradas, segundo cronometragem, o mesmo percurso em dias chuvosos é realizado em três minutos e meio.
“Importante ressaltar a necessidade de quatro minutos de tolerância nos horários fixos que partem de Amparo, uma margem de segurança para os passageiros que caminharão entre o ponto a e b”, observam os membros do Coletivo Vozes do Tiradentes.
A Assamam já encaminhou ofícios com as sugestões de horários para o Subsecretária de Serviços Concedidos, gabinete do prefeito, Ouvidoria Municipal e à empresa Faol, incluindo a necessidade de novos horários no serviço de baldeação, mas ainda não houve resposta.
Os moradores também aguardam o início das obras para recuperar parte da pista que cedeu. “Até o momento não fomos atendidos. A cada dia que passa, a situação se torna mais desconfortável. Gerando insegurança, em especial, idosos, mulheres, alunos e trabalhadores. Em relação às obras de recuperação, até o momento, fomos informados pelo secretário de Defesa Civil, Robson Teixeira, que eles foram os responsáveis pela inscrição do projeto da obra de recuperação na plataforma nacional da Defesa Civil para municípios que foram declarados como situação de emergência. A Secretaria de Obras construiu galerias e refez parte do calçamento que havia sido destruído pela enxurrada”, informou um morador do Loteamento Tiradentes.
As reivindicações
1 - Análise técnica em caráter de urgência da proposta do quadro de horários para sincronização entre baldeação e coletivos que chegam ao ponto final.
2 - Que o primeiro horário de atendimento do micro-ônibus seja às 5h20e o último às 23h30.
3 - Tolerância de três minutos nos horários dos coletivos que partem do ponto final de Amparo em direção ao centro da cidade oferecendo mais conforto para idosos e crianças.
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