Mesmo com pandemia de coronavírus, ações contra a dengue não param

Mosquito Aedes Aegypti transmite ainda zika, febre amarela e chikungunya
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Mesmo com pandemia de coronavírus, ações contra a dengue não param

Com a pandemia, todas as atenções têm sido voltadas ao combate da Covid-19, mas é importante lembrar que com a onda do coronavírus, a dengue não perdeu força. Pelo contrário, ela continua ativa e necessitando de controle e muita prevenção, como sempre. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo, através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, continua promovendo ações de prevenção e combate a dengue em todo o município com equipes de agentes de endemias percorrendo os bairros e distritos. As ações visam frear a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, que também causa outras doenças, como a zika, febre amarela e chikungunya. Essa semana as equipes dos agentes de endemias estão percorrendo os bairros Cordoeira e Olaria.

Segundo o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Felipe Oliveira, uma das atividades das equipes é o monitoramento de pontos estratégicos a cada 15 dias, como borracharias, cemitérios e ferro velhos, por exemplo. Os agentes também montam armadilhas pelos bairros com o objetivo de capturar ovos dos mosquitos, quantificar e determinar se aquela localidade tem alto ou baixo risco de um futuro surto de mosquitos.

Felipe Oliveira explica uma característica curiosa do mosquito Aedes Aegypti em Nova Friburgo. “É interessante observar que o Aedes é um mosquito predominantemente urbano, já foi encontrado em todos os bairros, menos nas áreas rurais. Portanto, todos os bairros do município são considerados áreas de risco para a dengue, principalmente os mais populosos como o Cordoeira, Olaria, Alto de Olaria e os loteamentos do distrito de Conselheiro Paulino”, relata.

O coordenador adverte ainda que a temperatura geralmente fria de Nova Friburgo também é bastante adequada à proliferação do Aedes Aegypti. “Esse mosquito se adaptou muito bem por aqui e estamos em pleno período de propagação e aumento de incidência das arboviroses – doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika vírus, febre chikungunya e febre amarela”, sustenta Felipe. 

Ele lembra também que o Aedes Aegypti se prolifera não só em água limpa e os ovos do mosquito podem levar até um ano para eclodir. Ele diz ainda que, “a Subsecretaria de Vigilância em Saúde mantém uma equipe de agentes que vão às comunidades fazer trabalhos de conscientização sobre os cuidados que devem ser observados em casa. O mesmo é feito também nas escolas, mas devido a suspensão das aulas por causa da pandemia da Covid-19, esta atividade foi paralisada temporariamente. “Independente disso é preciso que a população continue a manter os cuidados para evitar a proliferação desse mosquito”, explica. 

Avanço de casos 

Segundo dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde Ambiental, durante todo o ano passado, foram registrados em Nova Friburgo, 82 casos de chikungunya, 182 casos de dengue e um de febre amarela. Em 2021, até esta semana, felizmente, nenhum caso ainda foi notificado.

 

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TAGS: saúde