O Ministério da Educação (MEC) admitiu que na manhã do último dia 30 de janeiro houve a divulgação indevida de resultados provisórios do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024, que ainda não estavam homologados. De acordo com o ministério, os dados ficaram disponíveis por 25 minutos. A ocorrência está sendo investigada. A União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou a situação como "um grande absurdo" e informou que vai lançar uma plataforma para os candidatos denunciarem.
No dia 30, candidatos relataram ter conseguido acessar o site do Sisu 2024 por volta das 9h. Pouco depois, vários estudantes compartilharam nas redes sociais capturas de tela que mostravam a aprovação. No entanto, o resultado oficial foi divulgado com atraso e, quando saiu, frustrou alguns daqueles que acreditaram ter obtido uma vaga em instituição pública de ensino superior.
"O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", explicou o MEC. "O sistema é seguro e os resultados oficiais não são modificados", acrescenta o comunicado.
MEC tenta identificar número de afetados
Em entrevista à rádio CBN, o ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou a informação de que o MEC está apurando as responsabilidades pelo ocorrido, a fim de identificar se o erro partiu da própria área técnica do MEC ou da empresa que presta serviços ao ministério. “Vamos com muita firmeza tentar identificar onde ocorreu o erro. Mas fato é que a relação foi divulgada”, disse Camilo Santana.
Ao ser questionado sobre o motivo de tantas falhas técnicas, o ministro respondeu que o sistema passou por "mudanças por conta da lei de cotas" e que a pasta vai "tentar identificar o número de pessoas afetadas".
“ O próprio MEC teria que ter criado um canal para juntar as denúncias dos estudantes, mas nada foi feito. Os advogados da UNE já foram acionados para notificar o MEC judicialmente e cobrar uma resposta efetiva sobre o que realmente houve. Todo mundo é passível de erro, mas é importante que esse erro seja esclarecido porque não se pode brincar dessa forma com o sonho de estudantes. Tem relatos de jovens com crise de ansiedade, sem nenhum amparo psicológico ou jurídico”, informou a UNE que, nas redes sociais, divulgou a criação da plataforma de denúncia em resposta ao relato de um estudante do Rio Grande do Norte que viu seu nome entre os aprovados no curso de Tecnologia da Informação e chegou a raspar a cabeça para comemorar a conquista da vaga. No dia seguinte, o jovem descobriu que, na verdade, não havia sido aprovado em nenhuma das duas opções de curso. (Fonte: O Globo)
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