Júpiter, Saturno e a Terra no maior alinhamento desde a Idade Média

Histórica conjunção entre os planetas já começou e tem seu ápice na próxima segunda, sempre ao por do sol
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Os planetas já quase no alinhamento perfeito, nesta terça (Foto de Marlon Moreira de Souza)
Os planetas já quase no alinhamento perfeito, nesta terça (Foto de Marlon Moreira de Souza)

Sabe aquela decisão que vai mudar sua vida? Considere não esperar até o dia de Ano Novo e tomá-la já na próxima segunda-feira, 21. Esse dia mágico será o ápice de um fenômeno astronômico que já começou e não acontece com tanta intensidade desde a Idade Média: a grande conjunção de Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do nosso sistema solar, com a Terra.

Para aumentar ainda mais a magia da data, o ápice da grande conjunção, após meses de lenta aproximação entre os dois planetas, coincide com o solstício de verão, início oficial da nova estação, e a entrada da última lua crescente de 2020. O dia da “Grande Mutação”, para os místicos.

O alinhamento para valer começou esta semana e foi clicado pelo fotógrafo Marlon Moreira de Souza na terça-feira, 15, no Perissê, ao lado de nuvens de tempestade sobre Nova Friburgo. Os dois planetas estão alinhados de tal forma que, vistos da Terra, parecem formar um só, duplo (foto abaixo). 

O fotógrafo André Ferreira também conseguiu clicar Júpiter e suas luas junto à Pedra da Catarina, em um anoitecer sem nebulosidade, de tão próximo que o planeta está da Terra (foto abaixo).

Segundo o astrônomo colombiano Hernando Guarín, o alinhamento e a possibilidade de observá-lo a olho nu a partir da Terra são excepcionais por conta do próprio movimento dos três planetas. "A Terra leva um ano para dar a volta em torno do Sol; Júpiter leva 12 anos e Saturno, 30 anos", explicou ele à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC).

Embora o alinhamento ocorra aproximadamente a cada duas décadas, o fenômeno deste ano tem características específicas que são inéditas há muitas centenas de anos. "Esta conjunção será excepcionalmente rara devido a quão próximos os planetas estarão entre si", disse à BBC Patrick Hartigan, astrônomo da Universidade de Rice (EUA).

Uma conjunção assim, com os planetas tão próximos entre si, só ocorreu em 16 de julho de 1623, mas Hartigan acha que o que está acontecendo agora só tem paralelo com um fenômeno ainda mais antigo. "Seria preciso retroceder até antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para ver um alinhamento mais próximo entre esses planetas (de modo) visível no céu noturno", disse ele à BBC.

Depois desta segunda, 21, Júpiter e Saturno só estarão tão próximos em 15 de março de 2080. É esperar para ver...

Como observar

Se o tempo ajudar e a nebulosidade permitir, até segunda-feira será possível observar Saturno e Júpiter próximos um do outro desde o pôr do sol (por volta das 19h) até por volta das 20h45, quando os planetas começarão a sumir no horizonte, a oeste.

 “São os dois pontos mais brilhantes do céu após o pôr do sol no oeste. Júpiter tem um brilho branco, mais forte, enquanto Saturno é mais alaranjado e menos brilhante”, ensina o professor Felipe Braga Ribas, doutor em astronomia e astrofísica pelo Observatório Nacional (Brasil), em entrevista ao site Gizmodo.

Para os astrólogos, a "Grande Mutação"

Para os astrólogos, a aproximação entre esses  dois planetas, por si só, já indica transformações no mundo,  econômicas, financeiras, sociais e de pensamento. "Juntos, esses dois planetas são conhecidos como o Grande Relógio, são os Marcadores do Tempo, e sempre foram associados às mudanças sociais de uma época quando coincidem em seus trânsitos sazonais", diz a astróloga Sara Koimbra.

Porém, para os estudiosos do assunto, o que torna o fenômeno deste ano raro e especialmente grandioso é o fato de que, pela primeira vez em 200 anos, este encontro deixará de ocorrer em signos de elemento Terra, que corresponde ao espectro material, e ocorrerá em um signo de elemento Ar, que corresponde ao espectro mental. Isso é entendido como  mudança nos próprios valores da sociedade e naquilo que as pessoas consideram primordial.

"Nós vamos deixar de estar tão voltados para questões materiais e estaremos mais sintonizados com a temática do novo elemento: a mente - foco do elemento Ar - e o coletivo, pela influência do signo de Aquário", disse Sara ao site Vix. 

 

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TAGS: Clima