A Subsecretaria de Bem-Estar Animal de Nova Friburgo (Ssubea) anunciou nesta quinta-feira, 26, em rede social, a esperada homologação do programa municipal de castração. Segundo a subsecretária, Elisângela Rodrigues, a assinatura do contrato já foi autorizada pelo prefeito Johnny Maycon e “em breve” sairá do papel. A VOZ DA SERRA aguarda da prefeitura maiores detalhes.
Elisângela explicou que este será o primeiro programa de castração do município com procedimentos integralmente financiados pelo poder público. As cirurgias serão feitas com anestesia inalatória, menos invasiva para os animais.
Outro diferencial, segundo ela, será a esterilização de cães errantes ou comunitários, que vivem perambulando pelas ruas da cidade. Esses cães serão recolhidos, castrados e, depois de recuperados, devolvidos à rua com uma marca para diferenciá-los dos demais. “Com isso, vamos reduzir, e muito, a população de animais de rua”, disse a subsecretária em rede social.
A secretária de meio ambiente, Andréa Duque Estrada destacou outras ações realizadas pela pasta, como campanhas de adoção a cada dois meses. Johnny Maycon nunca escondeu seu amor pelos animais. Em um de seus primeiros atos como prefeito, em 4 de janeiro de 2021, ele mandou afixar um cartaz na entrada do Palácio Barão de Nova Friburgo orientando os guardas da guarita a não enxotarem os três cães comunitários que viviam por lá. Lorão, Lobinho e Orelha (abaixo) passaram a ter acesso irrestrito ao pátio e ganharam casinhas e água.
Cidade que tem como símbolo maior a pedra do Cão Sentado, Nova Friburgo tem pelas ruas muitos animais sem dono adotados por comerciantes.
Desde outubro, quem praticar maus-tratos contra animais deverá arcar com todas as despesas de assistência veterinária e demais gastos decorrentes da agressão, conforme lei proposta e aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo Executivo.
Pela nova lei, o agressor fica obrigado, inclusive, a ressarcir a administração pública municipal de todos os custos relativos aos serviços de acolhimento e tratamento do animal agredido. A norma também pune omissão de socorro, negligência, imperícia, má utilização ou utilização por pessoa não capacitada de instrumentos ou equipamentos.
Castramóvel sem uso
A atual gestão recebeu do governo passado um castramóvel, antiga reivindicação dos protetores de animais. Orçado em R$ 120 mil, o trailer atende a todas as exigências técnicas de biossegurança e higiênico-sanitárias estabelecidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária e foi adquirido por licitação, com recursos do Ministério da Saúde para o controle de zoonoses. O objetivo era promover campanhas itinerantes de castração de cães e gatos.
No entanto, a equipe que assumiu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à qual a Ssubea está subordinada, verificou que o castramóvel não tinha luz, água, placa, nem motorista habilitado. O equipamento não tinha previsão orçamentária nem insumos, e não havia dados sobre a população de animais.
Deixe o seu comentário