O decreto municipal, determinando o fechamento de indústrias e comércio (à exceção dos setores essenciais, como alimentação e farmácias) está em vigor até este domingo, 5 e a suspensão das aulas na rede municipal já tinha sido prorrogada até 15 de abril. Além da possibilidade do isolamento social obrigatório ser prorrogado com um novo decreto do prefeito Renato Bravo, o Fórum Sindical e Popular de Nova Friburgo, que reúne 11 sindicatos de diversos setores do município, divulgou uma nota na última quinta-feira, 2, defendendo as medidas de isolamento impostas pelos governos estadual e municipal como medida necessária para reduzir danos e diminuir o número de mortes decorrentes da pandemia da Covid-19 e reivindica a renovação da quarentena.
Na nota, o Fórum Sindical e Popular de Nova Friburgo ressalta que “ainda não se tem a noção exata das consequências após esse período crítico. O que todos estamos vivendo é um momento de grande risco à saúde pública, instabilidade financeira e emocional diante da atual conjuntura. (...) Não há respaldo científico para sustentar a opção de relaxamento do isolamento social, pois a epidemia tem o potencial de causar uma detonação de infecções, hospitalizações e mortes em nossa cidade, a considerar que o sistema de saúde aqui instalado não está preparado para receber, em média e larga escala, uma quantidade de pessoas que possam vir a necessitar de cuidados intensivos, caso seja facilitada a disseminação do vírus com a quebra do isolamento social”.
O Fórum Sindical reforça ainda que “os representantes do poder público em Friburgo devem dar suporte para proteger e melhorar a vida, principalmente a dos trabalhadores e trabalhadoras de todos os setores estabelecidos no município, não podendo negligenciar através de atos que vão à contramão dos especialistas que estão lutando para fazer um trabalho de contenção da pandemia mundial”.
Por fim, a entidade “reafirma que as empresas precisam assumir suas responsabilidades e seguir todo o protocolo para tentar impedir a disseminação do vírus em Friburgo. Diante deste cenário de incertezas, repudiamos completamente a atitude de setores da sociedade e da economia que defendem o retorno das atividades fabris e comerciais de seus funcionários ao trabalho. O município e as entidades devem auxiliar os trabalhadores, micro e pequenas empresas a acessar as medidas de apoio financeiro já aprovadas na esfera federal pelo congresso. O lucro não pode estar acima da vida”, diz a carta.
O documento é assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região; sindicatos dos Trabalhadores Metalúrgicos de Nova Friburgo; dos Professores (Sinpro) de Nova Friburgo e Região; Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe); dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Têxteis); dos Trabalhadores Químicos; dos Trabalhadores na Construção Civil: dos Trabalhadores em Estabelecimentos Bancários; dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares; dos Empregados no Comércio e dos Rodoviários.
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