Fórum de prefeitos da Baixada discute propostas para o Arco Metropolitano

Presidente da Firjan apresentará o projeto Arco Seguro, idealizado para articular melhorias de conservação e segurança da rodovia
segunda-feira, 01 de março de 2021
por Jornal A Voz da Serra
O Arco Metropolitano: inseguro
O Arco Metropolitano: inseguro

O Fórum de Prefeitos da Baixada, promovido pelo governo do estado, debaterá nesta terça-feira, 2, às 9h, soluções para melhorar a segurança do Arco Metropolitano (BR-493), rodovia que interliga os polos industriais da Região Metropolitana e Serrana.

Duramte o fórum, transmitido pela internet, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira apresentará o projeto Arco Seguro, idealizado pela federação para articular melhorias de conservação e de segurança da rodovia, muito usada para o tráfego de cargas. 

A reunião virtual vai contar com a presença do governador em exercício, Cláudio Castro, do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, dos 13 prefeitos da Baixada Fluminense e de demais autoridades e lideranças locais.

Como mostrou A VOZ DA SERRA no início do mês, empresários da Firjan vêm se mobilizando para discutir melhorias de conservação e segurança para o tráfego de passageiros e de cargas no Arco Metropolitano (BR-493), na Baixada Fluminense, artéria econômica que serve de acesso e ligação ao Porto de Itaguaí, aos distritos industriais de Campos Elíseos (Polo Petroquímico), em Duque de Caxias, e de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e ainda à base de submarinos da Ilha da Madeira (da Marinha), trecho bastante utilizado por friburguenses e moradores da região, sobretudo caminhoneiros, sacoleiros e empresas de logística e transporte.

O projeto Arco Seguro prevê uma parceria público-privada para viabilizar o potencial logístico da rodovia, atualmente subutilizada em função da violência, de ocupações irregulares e de vandalismo, como a destruição dos postes de iluminação pública. A expectativa inicial era de fluxo diário de 30 mil veículos, mas atualmente somente a metade desse volume costuma utilizar a via expressa.  

Necessidades já mapeadas

O grupo de trabalho capitaneado pela Firjan já identificou necessidades de infraestrutura mínimas, emergenciais e indispensáveis ao funcionamento pleno, eficiente, seguro e permanente do Arco (iluminação, assistência veicular, socorro a acidentes, entre outras). Para a execução destas ações, a ideia é criar um fundo com recursos públicos e privados para financiamento do projeto, que seria investido rapidamente em infraestruturas necessárias como por exemplo, câmeras de monitoramento e drones. Outro eixo importante do Arco Seguro é criar uma governança que permita o mapeamento constante de irregularidades e ações para mitigá-las.

O vice-presidente da Firjan e presidente do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança Pública, Carlos Erane de Aguiar, destacou que uma das metas do projeto é zerar os índices de roubo de cargas na via até dezembro. “Infelizmente o Arco hoje é conhecido como a Rodovia do Medo. E por ser a Rodovia do Medo, ela é subutilizada, impedindo a retomada mais forte do crescimento do Rio de Janeiro. Nosso desafio é que o Arco Metropolitano seja conhecido como a rodovia mais segura do Brasil. Estamos propondo um projeto viável e bem planejado, que permitirá a expansão de diversas capacidades produtivas do Rio através da infraestrutura necessária para o escoamento das riquezas do estado e do Brasil”, defendeu o empresário.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, ressalta que o Arco Metropolitano é fundamental para a economia fluminense e do país, na medida em que propicia a interligação entre três outras importantes rodovias federais brasileiras, diminuindo custos logísticos das empresas e, consequentemente, aumentando a competitividade do estado. “Trata-se da primeira grande agenda da Firjan em 2021. Esta proposta de parceria público-privada é um dos pilares do Programa de Retomada da Economia do Estado do Rio de Janeiro em bases competitivas, que visa contribuir para o resgate do desenvolvimento econômico e social no estado do Rio”, avaliou.

Corredor logístico

O Arco Metropolitano liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí, atravessando também Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica, na Baixada Fluminense, totalizando 145 quilômetros de extensão. O trecho de pouco mais de 70 quilômetros, entregue em 2014, vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí na BR-101 (Rio-Santos), cortando as rodovias BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Via Dutra).

Antigo pleito da Firjan, a obra do primeiro trecho do Arco teve início em 2007. Na época de sua inauguração, a estimativa do Governo do Estado do Rio era tirar oito mil caminhões e 20 mil carros da Rodovia Presidente Dutra e da Avenida Brasil. O projeto original do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) remonta à década de 1970, ainda com a denominação rodovia RJ-109.

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