Fiocruz alerta para aumento das síndromes respiratórias

Casos de covid também voltam a preocupar. Vacinação continua baixa
sexta-feira, 06 de setembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

O Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz na última quinta-feira, 5, constatou o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, que vem enfrentando oscilações bruscas de temperatura com frentes frias intercaladas a ondas de calor, favorecendo resfriados e gripes, que figuram como porta de entrada para a SRAG. 

Entre crianças e adolescentes de até 14 anos, o principal responsável pelo aumento de casos é o rinovírus. Nas demais faixas etárias, o predomínio é da Covid-19, que voltou a preocupar as autoridades de saúde de diversos estados. Por outro lado, os casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e influenza A mantêm a tendência de queda na maior parte do território nacional. O estudo se refere à Semana Epidemiológica de 25 a 31 de agosto.

Segundo a Fiocruz, os estados que mais se destacam nesse momento pelo aumento da Covid-19 são Goiás e São Paulo. A preocupação maior é com a população paulista, devido a grande movimentação de pessoas que circulam pelo estado e depois se deslocam por outras regiões do Brasil. Os pesquisadores alertam para a possibilidade de São Paulo impulsionar a disseminação e o crescimento da doença pelo país.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação em dia contra a Covid-19 para todas as pessoas dos grupos de risco. E o cuidado para não transmitir o vírus.

“Em caso de aparecimento de sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, inclusive as crianças e adolescentes. Com a alta do rinovírus nessa faixa etária, caso apresentarem alguns sintomas de síndrome gripal, a orientação é ficar em casa e não ir para a escola. Se não for possível fazer esse isolamento, é importante sair de casa usando máscara, e claro, diante de aparecimento e piora dos sintomas, procurar atendimento médico”, diz a pesquisadora.

Quanto aos casos de SRAG por rinovírus, a alta está concentrada principalmente em estados da região Nordeste, Centro-sul e Norte. O VSR e o rinovírus permanecem como as principais causas de internações e óbitos em crianças de até dois anos. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 28,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19); 12,4% para influenza A; 2,6% para influenza B; e 11,3% para VSR.

Quando se leva em conta o ano epidemiológico 2024, foram notificados 123.082 casos de SRAG, sendo 59.410 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 49.377 (40,1%) negativos; e ao menos 7.692 (6.2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A; 0,6%, influenza B; 41,6%, VSR; e 18%, Sars-CoV-2 (Covid-19).

Durante o ano foram registrados 7.370 óbitos, sendo 3.844 (52.2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.909 (39,5%) negativos, e ao menos 152 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 30,2% foram influenza A; 0,8%, influenza B; 10,3%, VSR; e 50,8%, Sars-CoV-2 (Covid-19).

Panorama pelo Brasil 

O Boletim InfoGripe mostra que, pelo menos 17 estados apresentam sinais de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Entre as capitais, 11 apresentam crescimento dos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em Nova Friburgo 

Somente neste ano já foram registrados 697 casos de covid-19 em Nova Friburgo, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ). No ano passado, foram contabilizados 1.175 casos positivos da doença causada pelo coronavírus. Em relação ao número de mortes, foram seis, este ano. até agora, enquanto no mesmo período do ano passado foram 15.

A adesão à vacinação contra a covid no município continua baixa, mesmo com constantes apelos das autoridades de saúde para a campanha permanente de vacinação que continua nos postos de saúde Sílvio Henrique Braune, no Suspiro; Tunney Kassuga, no bairro Olaria; Ariosto Bento de Mello, no Cordoeira e José Copertino Nogueira, em São Geraldo, principalmente crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, pessoas com doenças crônicas e idosos.

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